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11/07/2017 às 16h08min - Atualizada em 11/07/2017 às 16h08min

Oportunidades de trabalho para mulheres - Marketing multinível

ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA* | COLUNISTA

Marketing de rede, marketing multinível, marketing de relacionamento, network marketing, marketing interativo, marketing de distribuição, marketing direto, sistema inteligente, entre outros. São vários os nomes, mas independentemente da nomenclatura, uma coisa é fato: este é um negócio de pessoas!

O marketing multinível tem feito a diferença há muito tempo em nosso país, mas desde que a crise se agravou por aqui, ele tem sido ainda mais essencial na economia brasileira. Completamente atrelado à indústria de vendas diretas, o multinível permite pagar comissões em vários níveis de distribuição, o que o difere do marketing tradicional, o mononível, em que o distribuidor apenas recebe no valor da revenda dos produtos.

Mas ele vai além da venda em si. Nessa modalidade de negócio é possível não só vender os produtos, mas também ousar na propaganda e fazer planejamento, indicando novos distribuidores que, por sua vez, terão a mesma oportunidade, construindo uma rede em múltiplos níveis. Assim começa a se formar uma rede de distribuidores, o grande pulo do gato.

Nessa rede, o lucro vem multiplicado. Cada pessoa passa a receber bonificações de acordo com o faturamento gerado pelo seu grupo de distribuidores,dentro de requisitos matemáticos que tornam esta remuneração justa, pagando mais para quem trabalha melhor. Ou seja, uma distribuição que pode atingir faturamentos e resultados surpreendentes e ilimitados.

Para ter sucesso neste negócio, é indispensável treinamento e desenvolvimento com foco em relacionamentos e liderança. E não é por acaso que nesse mercado, quem mais se destaca são as mulheres. Os motivos são vários. Em um tempo de recessão evidente, aumento do desemprego, queda da renda familiar e crescente avanço de preços em todos os setores, o marketing multinivel oferece vantagens para que as mulheres possam investir em uma carreira que na maioria das vezes pode ser conciliada com a atividade que elas já executam - seja em casa ou no mercado de trabalho.

Também é grande a possibilidade de desenvolvimento de renda residual, pois ao formar uma rede de vendas, mesmo que a mulher não trabalhe, ela continua recebendo as porcentagens do resultado de suas equipes. Há liberdade para trabalhar quando e onde preferir e com um baixo custo inicial; além de ser um sistema sem pré-julgamentos, já que a única informação relevante é a sua produção.

No Brasil, o fruto desse novo modelo de negócio começa a se fazer perceptível, enquanto que em outros países, o crescimento econômico neste setor é gigantesco. De acordo com a Direct Selling Association, 27% do PIB americano é proveniente da indústria do Marketing Multinível; 24% do PIB japonês é resultado desse mesmo mercado e 20% dos milionários americanos construíram sua fortuna com negócios baseados em marketing de relacionamento. O setor já representa 96,7% do faturamento do setor de Vendas Diretas.

Os dados são animadores: em 2016 foram faturados mais de 40 bilhões no Brasil. E esse crescimento é iminente. Basta observar empresas desse setor:Herbalife, Mary Kay, Avon e Amway Corporation, que se desenvolvem cada vez mais, enquanto que marcas e corporações que não trabalhavam nesse formato, hoje investem no marketing multinível para alavancar seus resultados, como Unibanco, TAM Linhas Aéreas, Itaú, Banco do Brasil, O Boticário e Jequeti.

A conta é positiva, afinal, milhares de brasileiros estão em busca de um emprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no ultimo trimestre de 2016 foi de 11,9%, a mais elevada desde 2012. Infelizmente esse número não é muito diferente hoje. E com a crise econômica que vivemos no Brasil atualmente, as empresas continuam com os orçamentos limitados, buscando controlar as contas no corte de despesas e limitando gastos com funcionários.

Na contramão dessa realidade, o marketing multinível surge então como alternativa para quem deseja uma recolocação no mercado de trabalho. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), no Brasil esse mercado conta com mais de 4,5 milhões de pessoas em sua força de vendas e gera cerca de 8 mil empregos diretos. Tendência mais que oportuna no momento em que vivemos.

(*) Analista de negócio – Professor universitário

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