Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
08/07/2017 às 05h20min - Atualizada em 08/07/2017 às 05h20min

Intoxicação alimentar

ADRIANA KARIMI MANISH* | COLUNISTA

Quem nunca? De repente você sente aquela cólica, aquela dor insuportável, um incomodo atrapalhando toda a rotina. A intoxicação alimentar é, na melhor das hipóteses, desagradável, e, na pior, mortal.

Intoxicação alimentar ou gastrintestinal (gastroenterocolite aguda) é um problema de saúde causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E.coli, Staphilococus, Clostridium), vírus, fungos ou por componentes tóxicos encontrados em certos vegetais e produtos químicos. A contaminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conservação ou armazenamento dos alimentos.

Nas crianças e idosos, a intoxicação alimentar pode ser uma doença grave.

Há algum tempo, a fim de evitar o “piriri”, foi criado o Programa Alimento Seguro (PAS), o qual adota normas e procedimentos para minimizar a contaminação alimentar. Esse programa foi implantando nas áreas de produção, industrialização, distribuição e serviços alimentares.

Mesmo com o PAS, nós temos que tomar alguns cuidados para não deixar um alimento que devia nos nutrir acabar com a nossa semana. Então, segue algumas dicas:

Alimentos armazenados incorretamente (por exemplo, uma coxa de frango crua deixada ao lado de um cacho de uvas) podem ser uma fonte de transferência de bactérias e outros contaminantes de um alimento para outro. Esta é uma área muito complicada, pois, muitas vezes, as pessoas acham que alguns alimentos podem ser uma fonte de contaminação, mas não têm noção de que ocorreu contaminação cruzada.

Preparação de alimentos: Uma pessoa doente pode transmitir germes, desde gripe a gastroenterite. Uma tábua de carne usada, que não é lavada antes de ser reutilizada, é outra fonte de possível contaminação. Mãos sujas, espaços de cozinha sujos, insetos e roedores na cozinha são, entre outras coisas, possíveis fontes do problema.

Já quando vamos às compras ou comemos fora, devemos seguir as seguintes instruções:

Verificar a data de vencimento dos produtos, manter carnes em sacos separados e não deixar a carne crua tocar em outros produtos alimentícios durante a compra ou transporte.

Manter os alimentos frios e congelados na menor temperatura possível, embrulhando-os em jornal ou comprando um pequeno saco térmico para transportá-los. Quando possível, deixe para pegar os produtos frios no final de suas compras. Guarde todos os alimentos correta e rapidamente ao voltar.

Lavar sempre as mãos antes e depois de preparar alimentos. Trocar regularmente os panos de prato e toalhas de mão. 

Manter a cozinha limpa, usando uma solução suave de água e sabão para limpar as bancadas, tábuas e utensílios. Cozinhar bem os alimentos, especialmente carne vermelha, aves e ovos. Cozinhar esses alimentos durante todo o tempo exigido irá destruir os germes nocivos.

Proteja sua comida contra insetos e outros animais. Fazê-lo também é importante durante a preparação e na hora de servir.

Coma os alimentos logo após o preparo. Isso ajudará a garantir que os germes nocivos não tenham o tempo para evoluir. Tenha muito cuidado com o peixe e carne crua. Sushi e steaktartare são iguarias que podem deliciar o paladar quando devidamente preparadas. No entanto, elas exigem o mais alto nível de higiene.

Não coma nada se você tiver dúvida: confie na sua intuição! Se parece incomum, cheira mal ou causa preocupação, deixe o alimento de lado.

(*) Gestora de Qualidade

Leia Também »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90