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10/06/2022 às 08h00min - Atualizada em 10/06/2022 às 08h00min

Parágrafo terceiro

WILLIAM H STUTZ

Chegamos para as festas e não havia como prever se iriam ou não refazer nosso contrato de professor lá em Iturama, São Sebastião era distrito deles. Hoje pertence a Carneirinhos, todas as estradas estão asfaltadas, tem ponte ligando a Paranaíba. A balsa aposentou. Não pesco um tucunaré por lá há anos.

 

O governo municipal tinha acabado de mudar. Não tínhamos a menor ideia de quem era o prefeito vencedor. Era o quanto estávamos distantes de Uberlândia. Revistas e jornais só líamos as que o Gomes da Livraria Pró Século nos enviava por ônibus. Revistas sem capa pois delas necessitava para devolver à editora.

 

Os jornais em média vinham com duas a três semanas de atraso. Devorávamos tudo com uma fome de informação insaciável.

 

O secretário de Saúde empossado à época já me era conhecido em razão de um parentesco (dele) com um antigo namorico adolescente (meu) de Belo Horizonte, de onde vim para aqui estudar Medicina Veterinária na então UnU, que poucos meses federalizou e virou UFU.

 

Aquele, "gentilmente" me "convidou" a aqui ficar e contribuir na implantação e estruturação da nova Secretaria de Saúde.

 

Paira uma dúvida envolta em neblina de memória seletiva, não sei mais se convidado fui ou se na busca por sobrevivência e volta a terra, pedi trabalho. Só sei que de um modo ou de outro paguei com juros e correção o favor.

 

Trabalhamos como escravos e ainda tinha um que dar amém no fim do dia/noite como se favor fosse.

 

Maravilha, juventude, pobre de mim, pobre de nós - né Venturi e Marcinho!?
 

*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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