Antes das primeiras boticas, os habitantes do pequeno povoado de São Pedro de Uberabinha se valiam de benzedores e raizeiros em seus mal-estares. Até que chegou Miguel Jacinto de Melo, um prático não licenciado, em 1850. Preparava suas mesinhas e receitava também. Além disso, era político (do Partido Liberal) e escrivão do Distrito.
Em 1857, chegou o primeiro licenciado, Antônio Maximiano Ferreira Pinto, apelidado Pintão. O licenciamento era concedido pelo imperador. O Pintão era músico, também receitava, político (do Partido Conservador), adversário do Jacinto de Melo, e professor. Fundou a primeira Banda de Música do Distrito. Carismático, infiltrou-se na sociedade da época. Construiu o primeiro sobrado onde o governo da Província instalou, no térreo, uma escola nomeando-o, e à sua esposa, professores da mesma.
Depois desses dois, chegou o Américo Saint’Clair de Castro, em 1887, com a Farmácia Sul Americana. Ficava na esquina das ruas Augusto César e Barão de Camargos. Depois, veio Francisco de Melo com a Farmácia Aliança e o José Teixeira de Santana com a Farmácia Popular. Antônio Thomaz Ferreira de Rezende instalou a Farmácia Rezende. Nenhum desses farmacêuticos era formado.
Todos licenciados e receitando pela falta de médicos. Em 1906 chegou o Dr. Antônio Vieira Gonçalves, o primeiro com formatura universitária e comprou a farmácia do América Sant’Clair de Castro.
A partir daí se desenvolveu a atividade farmacêutica com profissionais acadêmicos.
Em 1943, chegou de Franca, Geraldo Migliorini que instalou, com Boulanger Fonseca, na avenida Afonso Pena, a Drogaria Minas Goiás. Era um estabelecimento diferenciado, moderno para a época, com bom atendimento, espaço apropriado para aplicação de injeções, curativos, primeiros socorros. Trabalhava também no atacado atendendo o Triângulo e o Sul de Goiás. Foi uma mudança nas práticas desse comércio.
Foram empregados nesta Drogaria, Mário Barão, Hélio Cunha, Mário Migliorini, Roberto Migliorini, Segantini, Francisco Palma de Souza, João Borges Fonseca, Adalberto Rodrigues da Cunha, Jairo Fonseca, Luciano Fonseca, Bruno, Sebastião, Atayde, Dungão, Angelina e Zilá Brasileiro. Por essa época, criou-se a Associação dos Farmacêuticos, cujo primeiro presidente foi o conhecido Américo Salvador Tângari. O segundo foi João Fonseca.
A Associação durou apenas oito anos.
Fontes: Antônio Pereira da Silva (História da SMU), Geraldo Migliorini
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