Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
13/05/2021 às 08h00min - Atualizada em 13/05/2021 às 08h00min

​A importância da socialização da criança com a natureza e sociedade

Por Mônica Galvão, psicopedagoga e proprietária do Baby Nap
Que a pandemia trouxe prejuízos inimagináveis para as crianças todo mundo já sabe. Mas, o que a maioria não sabe é que para ter saúde mental, a criança precisa estar alinhada com a natureza por meio do seu corpo e, também, com outra criança. Só assim os movimentos vividos na primeira etapa da vida serão completos.
 
Pensando nisso, a escola passa a ser um ambiente totalmente seguro e indispensável para o desenvolvimento deste ser. O brincar ao ar livre, a interação com plantas, animais e pessoas faz com que a criança desenvolva não só psicomotoramente, mas principalmente como ser humano.
 
As escolas proporcionam não só esse bem estar, mas acima de tudo, a escola acolhe, oferece colo, mostra além de livros e cadernos. A escola mostra a vida do lado de fora de casa. O ritmo ensinado nas escolas faz com que a criança fortaleça a consciência corporal para levar para vida adulta a total responsabilidade dos seus atos.
 
Brincar e estar com crianças no mesmo ambiente, aliando tudo isso à natureza, traduz a linguagem da alma infantil. Não temos pretensão de propor soluções únicas, definitivas ou permanentes, pois temos clareza de que toda e qualquer instituição de Educação é um ser social único e vivo, em constante devir, formado por pessoas únicas e singulares.
 
Porém, a premissa básica para o retorno ou não retorno as aulas presenciais deve ser em prol do bem comum e das nossas crianças, de maneira serena, respeitosa e ‘humana!’. Que tal pensarmos juntos? O projeto de uma Escola para servir a Infância em nossa época contemporânea é considerado um ‘projeto emergencial’.
 
As famílias com número reduzido de filhos, espaços urbanos em excesso, pouco contato com a natureza, crianças aprisionadas em seus pequenos corpos inertes, em frente as telas. Se pensarmos que os responsáveis por essas crianças continuam atuando no social de forma ativa e sem lugares apropriados para que elas se desenvolvam integralmente. Me pergunto: as crianças estão nas mãos de quem? Quem decide por elas? Quem irá se responsabilizar pela desestrutura social do futuro, causada pelas decisões dos nossos líderes?”



 Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

 
Leia Também »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90