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11/10/2020 às 10h00min - Atualizada em 11/10/2020 às 10h00min

Usar máscara é um ato de empatia e respeito!

KELLY BASTOS (DUDI)

Bom dia!
 
Em um momento tão delicado quanto o que estamos vivendo neste ano, a empatia e o respeito precisam prevalecer e não ser confundidos com fraqueza.

Concordam que ninguém estava preparado para a pandemia que tomou conta do mundo, no início deste ano? Todos nós estávamos vivendo como de costume, planejando viagens, vendo nossos familiares e amigos sempre que possível e mantendo a preocupação com nossa saúde em um nível “normal”.

No entanto, rapidamente, o vírus começou a se espalhar e, com a gravidade da situação, fomos obrigados a rever o nosso planejamento, adiar compromissos importantes e mudar a nossa forma de nos relacionar com nós mesmos  e com as pessoas ao nosso redor para proteger nossa saúde.

Agora a comunicação com as pessoas acontece à distância, o toque é praticamente uma proibição e todas as nossas palavras são ditas através de um pano que, apesar de não nos trazer alegria, ajuda a preservar a nossa saúde e a daqueles que amamos. Infelizmente, muitos não entendem a gravidade da realidade atual, mesmo depois de mais de 13 milhões de pessoas serem infectadas e meio milhão terem perdido suas vidas.

Elas acreditam que esse vírus não merece tanta atenção e prevenção, por isso abrem mão de um item simples, mas tão eficaz, neste momento: a máscara. Para essas pessoas, usar máscara diária e corretamente é sinal de medo ou fraqueza, elas não conseguem enxergar sua importância para todos nós.

O coronavírus é algo novo para o mundo, os cientistas estão trabalhando com muita dedicação para fazer novas descobertas sobre ele e encontrar uma forma eficiente de imunizar a população. Todos os dias, milhares de profissionais dos mais diversos segmentos precisam deixar suas casas e se expor para conseguir sustentar a si mesmo e suas famílias, no meio de toda a crise gerada por conta do vírus.

Ainda assim existem pessoas que deixam a consciência e a humanidade de lado e se recusam a proteger a si mesmas e os outros de algo que já provou ser muito sério, como podemos acompanhar em noticiários do mundo inteiro. Por conta disso, ainda é preciso conscientizar sobre o óbvio e salientá-lo, reforçando que as máscaras são fundamentais para a saúde e não representam medo, mas sim respeito próprio e pelo outro.

Pela ignorância de alguns, muitos podem sofrer. Portanto, nesta hora tão complicada, seja uma pessoa sábia e consciente, use a sua máscara! Ao fazer isso, você não beneficia apenas a si, mas sua família e todos os que cruzam o seu caminho diariamente, além de contribuir para toda essa situação terminar logo, e com o menor de número de perdas possível.

Empático ou antissocial?

Vejam isso: estudo da Universidade Estadual de Londrina investigou como a adesão ao item de proteção é influenciada por características de comportamento. Publicados nos últimos meses, os estudos  mostram que o uso de máscaras reduz as chances de contaminação pelo novo coronavírus.  No entanto, ainda existem pessoas que se recusam a usar o equipamento de proteção ao sair de casa.

O  estudo realizado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná, publicado no periódico Personality and Individual Differences, mostrou que os resistentes apresentam tendências antissociais, com atitudes mais voltadas para o benefício próprio do que para o bem-estar comum.

A pesquisa liderada pelo professor Fabiano Koich Miguel, psicólogo da UEL e integrante do grupo GT Avaliação Psicológica e Psicopatologia, contou com a participação dos psicólogos Lucas de Francisco Carvalho, Gisele Machado e Giselle Pianowski e procurou entender como as pessoas estão lidando com a pandemia, situação que implicou mudanças de comportamento para a imensa maioria da população.

De acordo com os resultados, foram encontrados dois grupos opostos: empatia,  pessoas que se preocupam mais com o bem-estar dos outros e tendem a extrair mais prazer da convivência social; e antissocial, pessoas cujas interações sociais são mais voltadas para benefício próprio em vez do bem-estar comum e tendem a ter uma vivência social negativa.

Esses são perfis psicológicos que independem da pandemia, ou seja, que podem ser encontrados na população geral. As diferenças mais significativas foram no nível de engajamento com as medidas de contenção. O grupo empático respondeu o questionário mostrando maior preocupação em usar máscara, higienizar sempre as mãos, adotar isolamento social para evitar o contágio – a preocupação era tanto contrair a doença quanto transmiti-la para outras pessoas. Já o grupo antissocial mostrou menor preocupação com essas medidas, minimizando a importância delas ou até mesmo a doença.

Além de máscara, pessoas com perfil antissocial seguem outro padrão de comportamento, que é também minimizar a importância de manter o isolamento social e de praticar a higiene das mãos constantemente. Quais características foram observadas nas pessoas empáticas? Empatia diz respeito à capacidade de compreender as outras pessoas, seus pensamentos, suas intenções, suas necessidades, sem necessariamente estar passando pelas mesmas experiências que elas. As pessoas empáticas costumam levar em conta as opiniões dos outros na hora de tomar decisões e buscam o bem-estar comum, mesmo que, às vezes, isso implique em abrir mão de algumas vontades próprias.

Finalizando: as máscaras não são um símbolo de fraqueza, mas uma representação da união e do respeito que nos guiarão ao fim da pandemia. Pense nisso!

Bom final e boa semana!

*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.


 

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