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07/08/2020 às 09h21min - Atualizada em 07/08/2020 às 09h21min

O primeiro aeroporto industrial do Brasil e as possibilidades de negócios para Minas e o país

Luiz Henrique Coppoli Barros, diretor de Relacionamento do Associado da ACMinas Jovem
Enquanto muitas empresas estão em grandes batalhas para se reinventarem e sobreviverem nesse momento de pandemia, Minas Gerais trabalha no sentido de estimular e incentivar a economia. Um exemplo é a transformação do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, no primeiro industrial do país. Essa ação visa aumentar a competitividade das empresas brasileiras no contexto internacional e atrair investimentos externos, principalmente para o Estado.

Este projeto tem sido construído há anos, mas, efetivamente, se concretizou agora, na gestão da concessionária BH Airport. Após cumprir algumas exigências, o aeroporto foi oficialmente certificado pela Receita Federal e está credenciado para iniciar a operação nesse novo formato.

Essa liberação permitiu ainda a homologação do sistema de gestão de processos alfandegários em menos de um ano. Com a instalação da primeira empresa prevista para começar a operar em julho.

Com a homologação dessa etapa, junto à Receita Federal, será possível garantir a conexão do órgão com as empresas que forem atuar no aeroporto. Por trabalhar de forma sistêmica, o novo espaço industrial oferecerá mais segurança para o empresário, Receita Federal e para a concessionária.

Além disso, o regime especial de tributação para as empresas instaladas garantirá a suspensão do pagamento de alguns tributos e o acesso a benefícios fiscais. Consequentemente, o custo de operação será reduzido e essas empresas terão mais lucratividade e competitividade.

Com isso, as empresas instaladas poderão manufaturar os produtos dentro do próprio aeroporto. Isso contribuirá com as compras de matérias-primas e a exportação de produtos mais tecnológicos e de maior valor agregado, por exemplo. O objetivo é gerar competitividade e atrair o olhar do investidor estrangeiro, afinal a estrutura possui 750 mil metros quadrados disponíveis, ou seja, um espaço para a instalação de aproximadamente 250 empresas.

Além dos benefícios tributários, o aeroporto industrial oferece ainda a integração dos modais aéreo, aquático e terrestre. Para as exportações e importações, e propicia uma rota aérea direta ao porto de Santos, maior do país em volume de exportações. Para o mercado interno, além da proximidade com as indústrias localizadas em São Paulo, o aeroporto tem fácil ligação com quase todas as regiões do país.

Com essa novidade para o mercado mineiro e brasileiro, estima-se a possibilidade da geração de aproximadamente 20 mil empregos diretos e indiretos, o que é fundamental para esse momento de pandemia e após essa fase. E, é ainda uma oportunidade de investimento para os jovens empresários.




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