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02/06/2020 às 13h55min - Atualizada em 02/06/2020 às 13h55min

Neguinho fala sobre o futsal em Uberlândia

ALBERTO GOMIDE
Foto: Divulgação
O futebol de salão na cidade de Uberlândia já teve bons momentos. Mas quem teve a oportunidade de viver o futsal uberlandense no final da década de 70 e praticamente toda a década de 80, conheceu certamente a melhor fase local desse esporte. E quem fala dessa época áurea do salonismo em Uberlândia é um dos grandes nomes da imensa lista de verdadeiros craques. Mesmo para aqueles que acompanhavam o futsal na cidade, perguntar por Wilson Roberto de Oliveira Carvalho, poucos conheciam ou se lembravam. No entanto, quem perguntava por Neguinho, de pronto já tinha a resposta, porque conhecia um dos ídolos da modalidade na época.

O número de jogadores com potencial elevado era muito grande. Eles estavam em quase todos os campeonatos promovidos por diversos segmentos, principalmente pelos clubes socais/esportivos. Neguinho nasceu em 1955, em Mineiros (Goiás), mas se tornou paulista de Campinas antes mesmo do primeiro aniversário. Lá mesmo deu os primeiros passos no futsal, brincando com coleguinhas nas dependências do Brinco de Ouro, do Guarani.

Em Uberlândia, começou nas equipes do Colégio Estadual (Museu) com Divino Arnaldo Costa, o Divininho, um dos maiores nomes desse esporte na cidade. Neguinho não apreciava muito o futebol de campo, chegou a jogar no juvenil do Uberlândia Esporte, mas o seu forte mesmo era o salão. Era sempre requisitado pelas equipes de ponta em qualquer campeonato, principalmente no Praia Clube, onde aconteciam campeonatos anuais de grande expressão técnica, e que era assistido por um elevado número de associados, porque o torcedor sabia que assistiria um grande jogo. “Se tivesse 20 equipes no campeonato, umas 12 eram formadas por jogadores de ponta”, afirma Neguinho, ressaltando que não era difícil formar umas 5 seleções praticamente do mesmo nível técnico, uma vez que o número de atletas de expressão na cidade oferecia essa condição.

Não se lembra inclusive de quantos títulos conquistou no futsal da cidade. Pelo Praia, foi campeão mineiro do interior 3 vezes, uma por Monte Carmelo e outra por Capinópolis, quando a equipe era comandada pelo técnico Emerson José Brasileiro, hoje seu companheiro de trabalho na Futel. Ainda pelo Praia, chegou a disputar etapas decisivas do estadual, tendo ainda na lembrança uma semifinal memorável contra o poderoso time do Atlético Mineiro. O Praia Clube foi campeão mineiro (adulto) nos anos de 1993, 2003 e 2018. Para Neguinho, citar nomes de jogadores da época fatalmente cometeria alguma injustiça, mas até hoje somos uma legião de amigos, e, quando um grupo ainda que pequeno se encontra, não perdemos a oportunidade de relembrar bons momentos, conta o ex-jogador.

“Não posso falar dos jogadores e esquecer dos dirigentes das equipes. Eram técnicos e diretores que tinham prazer em formar boas equipes, até porque, sabiam e confiavam na responsabilidade e no compromisso que cada jogador levava para dentro de quadra em defesa da equipe”, disse.

Cevada; João Diniz, com Jandirão e Alô Brasil; Norberto Póvoa, com A Esportiva e depois o Hippe Lee, além de fazer parte da lista de craques daquele tempo; Celso Machado, com o seu D'genas Pap's; Alan Cardek Victor de Moraes, o Pastor, com a Prediminas; Rivoli, com Marcelão; o Topas Motel, com o Fernando; o Zoo, que surgiu forte com a desistência do Cevada. O grupo manteve o time com o nome de Zoo e foi campeão, comprou um belo troféu e ofereceu ao Zanatta, como homenagem pelo trabalho no futsal da cidade. Mais tarde, após algumas cirurgias no joelho, acabou optando por encerrar a carreira.


*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.











 
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