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13/02/2020 às 08h43min - Atualizada em 13/02/2020 às 08h43min

Indução de defesa e tolerância em culturas

JUSCELIO RAMOS DE SOUZA

Há uma série de estratégias para o controle de enfermidades em plantas, como o manejo genético, cultural, físico, químico e biológico, como é o caso da indução de resistência, método inovador que vem sendo bastante difundido para o aumento da capacidade da planta em evitar ou atrasar a entrada e/ou atividade subsequente de patógenos (fungos, bactérias, vírus e nematoides); ela equivale a uma vacina em seres humanos ou animais. Naturalmente, quando as plantas reconhecem um patógeno, emitem sinais mensageiros que ativam a produção de enzimas e proteínas de defesa resistentes à patogenicidade. Quando há um aumento no nível dessas proteínas nas plantas, começam a produzir as verdadeiras substâncias de defesa. São elas: quitinas, ligninas e enzimas específicas, como peroxidases, SOD, catalases e polifenóis. Induzir a resistência, ou a tolerância das plantas aos patógenos, nada mais é que levar as plantas a produzirem essas substâncias. Esses processos são resultado de uma série de reações bioquímicas de defesa desencadeados na planta a partir do reconhecimento de sinalizadores.

A etapa seguinte à sinalização é a manifestação da resposta de defesa, onde as plantas podem expressar barreiras bioquímicas como mecanismo de resistência a fitopatógenos; algumas destas são a produção de fenóis, fitoalexinas; proteínas-PR, peroxidação lipídica, lignificação da parede celular ou promoção de barreiras estruturais por meio da síntese de géis e gomas. Além disto, os indutores de resistência e tolerância podem promover a síntese de toxinas, enzimas de degradação da parede celular, produção de hormônios vegetais, e outros. A utilização dos indutores de resistência no cultivo, aliada ao uso de defensivos biológicos tem se mostrado uma estratégia sustentável e que traz ganhos consideráveis à lavoura – de 15% a 25% a mais em produtividade. A recomendação é que se faça a aplicação desses produtos, aliada aos defensivos, em todas as fases do desenvolvimento da planta.
A indicação é que se façam aplicações sequenciais, a cada 20 ou 30 dias, dependendo da cultura, para potencialização da defesa natural das plantas. Em resposta, as plantas aumentarão a espessura da cutícula da folha, as estruturas que vão proteger a parede celular contra os patógenos e as enzimas de defesas. Plantas mais resistentes ou tolerantes, aumentam sua atividade fisiológica, através da maior expressão do potencial produtivo.
 
O papel das tecnologias
Por meio do investimento em P&D, a Kimberlit Agrociências desenvolve tecnologias para aumento do potencial dos sistemas de produção. É o caso da tecnologia Kimcoat, que é utilizada para aumentar a eficiência de uso de fertilizantes sólidos, conferindo uma melhora na taxa de liberação dos nutrientes e sua disponibilidade para as plantas.

Com o uso desta tecnologia é possível otimizar o uso de fertilizantes sólidos no processo produtivo; minimizar perdas de nutrientes peculiares aos fertilizantes; reduzir a carga transportada, reduzir o espaço de armazenamento e melhorar rendimento operacional do transporte interno do fertilizante até o plantio. Além disto, é importante ressaltar a viabilidade econômica de seu uso, o aumento da segurança no uso dos fertilizantes, aliado à manutenção da produtividade e satisfação do produtor.

Com o aumento da preocupação com a eficiência de uso de insumos aplicados via solo ou foliar, surgiram, no Brasil e no mundo, iniciativas para definir boas práticas de uso e manejo de culturas fertilizantes. Como na composição do Kimcoat há um mix de aditivos solúveis e biodegradáveis, que não causam danos ao ambiente, esta tecnologia figura como uma excelente opção para manter a produtividade das culturas com responsabilidade ambiental e sustentável.

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.














 

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