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02/08/2019 às 08h19min - Atualizada em 02/08/2019 às 08h19min

“Mama África”

CELSO MACHADO

Reconheço minhas limitações em termos de conhecimento sobre países. Especialmente aqueles que ainda não tive a oportunidade de visitar. Daí porque é frequente ter ótimas impressões nas viagens que tenho programado com mais assiduidade. Viajar é sempre bom. Descobrir pessoas e lugares diferentes muito fascinante. Ver coisas novas areja nossa cabeça e estimula novas ideias. Acrescenta matéria prima essencial para reabastecer nossa criatividade.

Viajar é muito melhor ainda quando estamos na companhia de amigos queridos e generosos. A riqueza do convívio reforça laços, nos faz sentir o valor que temos para os outros e a importância e significado crescente deles em nossas vidas.

Quando essa relação é saudável cada momento acaba quase que servindo como uma terapia com a reciprocidade da atenção, do cuidado, do afeto. A troca de opiniões, os comentários, as observações e até mesmo, porque não, as brincadeiras e irreverências. Mário Quintana tem uma frase que define magistralmente o fascínio de descobrir novos destinos: Viajar é trocar a roupa da alma”.

Por isso sou particularmente agradecido, além da minha esposa, companheira maravilhosa, aos amigos que nos têm convidado para conhecer culturas, hábitos, outros países, modos de vida diferentes. Não fosse por eles, com certeza nossas viagens não seriam, como têm sido, tão fascinantes.

Estou vindo de uma delas. Daí a justificativa da introdução, que é a agradável surpresa de modificar a percepção que tínhamos apenas por ler, ver na teve ou ouvir comentários, mas nunca aprofundando sobre o país visitado. Pois bem estivemos na África do Sul. Confesso que nunca imaginava a modernidade de uma cidade do Cabo, espécie de Miami com preços bem menores.

Os prédios modernos e suntuosos de Johanesburgo, a “tetéia”que é Stellenbosch, o encanto de Simons Towers. Vinícolas sofisticadíssimas como duas que visitamos, a Tokara e a Graff e por aí afora. Diversidades tão exóticas quanto ver pinguins e girafas. Canyons e paisagens deslumbrantes. Outro fator que chamou minha atenção foi a simpatia e o bom humor do povo de lá. Ao ponto de rever aquele conceito que todos nós brasileiros temos de que nosso jeito de ser é único. O tanto que nos identificamos com sua cultura e comportamento.

Voltei encantado. E também mais preocupado ainda com o Brasil. Claro que lá a desigualdade é gritante, que tem muitos pedintes nas ruas, gente passando fome, mas dá para perceber um país caminhando. E para a frente.


*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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