Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
06/08/2018 às 09h06min - Atualizada em 06/08/2018 às 09h06min

A importância de saber escutar

DUDI BASTOS | COLUNISTA
Você pode ser considerada uma verdadeira amiga? Aquela que se sensibiliza com as dores dos outros e se dispõe a ajudar? Uma das formas de perceber se está sendo alguém com quem os demais podem contar, é identificar se, de fato, você sabe escutar e não apenas ouvir. Existe diferença entre os dois, sabia?
Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, ouvir significa perceber, entender (os sons) pelo sentido da audição. Já escutar é tornar-se ou estar atento para ouvir e dar ouvidos. Ouvir é mais superficial do que escutar, pois no último caso é necessário estar atento ao que a outra pessoa diz.

De acordo com a psicóloga e nossa consultora, Eliana Alves Pereira, “para entender os sentimentos dos amigos ou familiares, o melhor a fazer é fechar os olhos e escutá-los”. Durante um teste feito para uma pesquisa as pessoas foram divididas em três grupos: o primeiro precisava ouvir os outros participantes sem olhar para eles; o segundo apenas observava o outro conversar sem os escutar; e os integrantes do terceiro conversavam olhando uns para os outros.
Com a experiência, os pesquisadores comprovaram que as melhores interpretações com relação às emoções (positivas ou negativas) do outro foram as dos participantes do primeiro grupo, aqueles que apenas escutavam sem focar nas expressões.

E o que isso tem a ver com a amizade? Como você reage quando é procurada por uma amiga ou conhecida que deseja desabafar? Esse estudo mostrou que, ao fechar os olhos, é possível entender melhor o outro. Mas, mesmo não seguindo à risca o que a pesquisa indicou, é preciso entender que é de grande importância estar atenta ao que acontece com o outro e colocar em prática o escutar e não apenas o ouvir. Quando escutamos uma amiga estamos atentas ao que ela está passando e só então poderemos aconselhá-la e interceder por ela”.
 
A analista de Recursos Humanos Marlene M., 30 anos se considera uma boa ouvinte e relata sua experiência. “Conheço uma senhora que tem grande consideração por mim. Muitas vezes quando está angustiada e não quer compartilhar isso com os filhos, ela me procura e desabafa. Às vezes, ela chora e fala de suas preocupações. Eu fico ali apenas para escutá-la e deixo que ela coloque tudo para fora”.
 
O mesmo acontece com a autônoma Karina S., de 31 anos: “Percebo que muitas mulheres que me procuram para conversar, mesmo sem serem minhas amigas, não querem uma resposta para os seus problemas. Muitas querem apenas desabafar, chorar e só precisam se sentir à vontade para colocar tudo que está dentro delas para fora. Por isso tento me colocar à disposição, pois é gratificante ver o sorriso no rosto delas depois da conversa”, diz.
 
E você? Como age diante de uma dessas situações?
Leia Também »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90