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07/02/2018 às 09h58min - Atualizada em 07/02/2018 às 09h58min

O franchising na Itália: oportunidades à vista!

MELITHA NOVOA PRADO* | LEITORA DO DIÁRIO

De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), por aqui, o sistema de franquias segue em pleno desenvolvimento, contribuindo de forma efetiva com a economia nacional.

Os números relativos a 2017 sustentam a afirmação da ABF: o faturamento aumentou 8% em comparação com 2016, chegando a R$ 163 bilhões. O número de unidades franqueadas cresceu 2%: já são 145 mil em todo o país.

Num ano de escassez de empregos, o franchising brasileiro gerou 1,2 milhão de postos de trabalho – 1% a mais que os gerados em 2016. E seguindo a comparação com os índices desse ano, apenas um foi menor em 2017: o de redes franqueadoras em atividade. Eram 3000 e, atualmente, há 2,8 mil em operação.

Para 2018, a entidade segue otimista e espera um crescimento no faturamento entre 9% e 10%; 3% a mais no número de unidades franqueadas pelo Brasil e uma geração de empregos 3% maior que os registrados em 2017.

Assim como no Brasil, a Itália também comemora o crescimento de seu sistema de franchising. 2017 gerou um faturamento de quase R$ 100 bilhões, um incremento de 0,9% em comparação com 2016. Existem atualmente 977 franqueadores ativos, 2,7% a mais do que o registrado no ano anterior. Também cresceu 1% o número de unidades franqueadas: são 51.260. Esses números foram divulgados na Assembleia Anual de 2018 da Federfranchising Conferescenti.

O futuro do franchising na Itália é bastante promissor, segundo a Federfranchising Conferescenti: até 2021, o faturamento deverá ser superior a R$ 120 bilhões de reais, 1000 marcas franqueadoras devem estar em atividade, com 53 mil unidades franqueadas em operação.

Você deve estar se perguntando qual é a importância desse panorama favorável da Itália para o Brasil. Vou explicar: há 200 marcas italianas com unidades fora do país, um aumento de 8,7% em comparação a 2012. Isto significa que um quinto dos franqueadores do país já estão em processo de internacionalização.

Outros 35% tem interesse em levar sua marca a outros países – incluindo o Brasil – mas ainda não o fizeram por falta de conhecimento e consultoria adequada para empreender com sucesso. Segundo eles, a grande dificuldade não está na captação de pontos comerciais, mas sim, em encontrar um máster ou desenvolvedor de área com experiência no segmento de mercado da marca e que tenha capacidade de promover o “Made in Italy” de forma profunda no território.

Com base em minha experiência, vejo com bons olhos a cautela desses franqueadores italianos. Quem conhece a fundo o sistema de franchising e tem bastante experiência sabe que para uma marca dar certo em outro país são indispensáveis três coisas: conhecer a fundo o mercado em que se pretende atuar, com a ajuda de um máster-franqueado e de uma boa consultoria; não ter medo de promover as mudanças necessárias para ajustar o negócio à cultura local e estar devidamente capitalizado. Fica a dica para os investidores brasileiros.
(*) Consultora jurídica para franchising
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