Bombeiros alertam que maioria dos incêndios estão relacionados ao sistema elétrico dos automóveis | Foto: Pixabay Uberlândia registrou 156 incêndios veiculares neste ano, sendo uma média de 16 ocorrências por mês, conforme apontam dados do 5º Batalhão do Corpo de Bombeiros. Os meses de fevereiro e março foram os mais críticos, com 19 e 20 casos, respectivamente. Em setembro, foram contabilizados 13 ocorrências, e em outubro, até o dia 14, os bombeiros já haviam atendido oito chamados de incêndio.
Embora o total de ocorrências de janeiro a setembro deste ano tenha caído levemente (148 casos, contra 152 no mesmo período de 2023), o primeiro mês de 2024 mostrou um aumento significativo. Em janeiro, o número de ocorrências foi o dobro do registrado no mesmo mês do ano anterior (18 contra 9).
Na última segunda-feira (14), um carro pegou fogo enquanto trafegava pela BR-365, nas proximidades do pontilhão, em Uberlândia. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, o condutor notou fumaça saindo do capô e parou o veículo, quando as chamas se intensificaram. Duas equipes dos bombeiros foram acionadas e controlaram as chamas.
Não são apenas carros e motos que entram nas estatísticas. Recentemente, quatro ônibus do transporte coletivo foram tomados por chamas na cidade, em menos de 24 horas. O primeiro caso ocorreu no último domingo (13), no Terminal Santa Luzia, onde dois ônibus pegaram fogo.
Ainda no domingo, um terceiro ônibus foi incendiado no bairro Morumbi. Na madrugada desta segunda-feira (14), outro veículo de transporte coletivo foi queimado no bairro Santa Rosa. Em nenhuma das situações houve feridos.
De acordo com informações da Polícia Civil, as investigações sobre os acontecimentos seguem em andamento, sem prisões e definição da motivação dos crimes. Até o momento não se sabe quantos destes quatro casos foram criminosos ou acidentais.
COMBATE AO FOGO
Em entrevista ao Diário, o tenente Henrique Silva Figueiredo, do Corpo de Bombeiros, detalhou como a corporação atua no combate a essas ocorrências. O profissional confirmou que este tipo de ocorrência é comum na cidade, com um índice elevado, como mostram os dados oficiais.
“Geralmente, os incêndios veiculares estão relacionados ao sistema elétrico dos automóveis. Além disso, os veículos possuem uma abundância de material combustível, então qualquer tipo de curto ou falha elétrica pode desencadear o fogo rapidamente”.
Figueiredo ressaltou que a situação exige uma resposta ágil por parte dos bombeiros. Sendo assim, é importante acionar rapidamente os militares pelo 193. “Quando o princípio de incêndio afeta o interior do veículo, ele se desenvolve abruptamente, e a velocidade do combate é o principal fator para garantir a eficácia”, disse.
Em relação ao atendimento dos bombeiros nas ocorrências dos ônibus incendiados, o tenente esclareceu que o procedimento é semelhante ao dos carros, mas com desafios maiores.
“Quando ocorre uma situação de fogo em ônibus, seja por manifestações ou qualquer outro motivo que ainda não conhecemos, é essencial evacuar a área. A população deve se afastar. O Corpo de Bombeiros se desloca o mais rápido possível, mas, como o ônibus é um veículo maior, as chamas tendem a ser mais intensas”, comentou.
Para o tenente, apenas não houve feridos em nenhum dos casos, porque as pessoas evacuaram rapidamente dos locais. Ele ressaltou, portanto, que não se deve tentar recuperar objetos no veículo, já que isso é perigoso e pode causar acidentes.
Por fim, o oficial reforçou que o controle da área, o isolamento de pessoas e veículos, e o acionamento imediato do Corpo de Bombeiros são medidas fundamentais para evitar maiores danos.
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