24/11/2023 às 08h40min - Atualizada em 24/11/2023 às 08h40min

Obra de quase três décadas: construção da ponte sobre o Rio Uberabinha, no Anel Viário Sul, deve ser retomada em 2024

Contrato referente ao reinício dos serviços foi publicado em 10 de novembro; novo orçamento está estimado em R$ 5,9 milhões

JUAN MADEIRA I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA

Ponte com 84 metros de extensão teve parte da estrutura entregue em 2018 I Foto: ARQUIVO DIÁRIO

As obras de finalização do contorno do Anel Viário Sul, em Uberlândia, devem ser retomadas em 2024. A previsão do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) é que a ordem de serviço com a nova empreiteira, vencedora da licitação, seja assinada até abril do próximo ano. No local, está prevista a construção de uma ponte sobre o Rio Uberabinha, além do asfaltamento de uma parte do trecho, que vai interligar a BR-050 e as MGCs 497 e 455, permitindo acesso às cidades de Campo Florido e Prata.

A nova licitação foi aberta em agosto deste ano, com a participação de três empresas. A vencedora foi a S3 CONSTRUTORA LTDA com um orçamento de R$ 5,9 milhões. O extrato com a escolha foi publicado no Diário Oficial de Minas Gerais no último dia 10. A obra está interrompida desde janeiro, após a última empreiteira desistir do contrato. Iniciado em 1995, o Anel Viário Sul aguarda por quase três décadas para ser finalizado.

Em janeiro deste ano, o Diário mostrou que uma parte do trecho do contorno Sul foi finalizado nas proximidades da MGC-455. De acordo com o DER, foram realizados investimentos na ordem de R$ 20,78 milhões para a pavimentação de um trecho de 19 quilômetros.

No local onde será construída a ponte, que terá 84 metros de extensão, parte da estrutura já está instalada com vigas de ferro e concreto, entregues em 2018. Para a finalização total da obra, resta ainda o término de um quilômetro de pavimentação, além da conclusão da sinalização horizontal e vertical de todo o segmento.

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RELEMBRE
Em maio de 2020, o Governo de Minas lançou um edital para licitação da empresa que ficaria responsável pela finalização das obras do Anel Viário. A construtora vencedora teria um prazo máximo de 360 dias a partir da ordem de serviço para entrega dos serviços.

O contrato com a empreiteira foi assinado somente em outubro do mesmo ano. Na época, a construtora alegou atraso na execução por causa das chuvas e deu um novo prazo para conclusão, estimado em cinco meses.

Em agosto de 2021, o Diário cobrou o DER-MG novamente sobre o assunto. Na época, o órgão informou que a empresa havia recebido ordem de paralisação devido à inadimplência no CAGEF-MG. O departamento esclareceu que a empresa contratada tinha solicitado reequilíbrio-econômico financeiro do contrato.

A proposta foi recusada, porque não atendeu aos parâmetros legais e o contrato foi encerrado com 77,8% da obra de pavimentação realizada e 38% da ponte. Foi necessário então realizar novas licitações para que outra empreiteira assumisse as obras, reiniciadas em maio de 2022. Após diversos impasses, os serviços foram retomados em maio do mesmo ano.

Também à época, o DER informou que o prazo contratual para execução dos serviços seria de oito meses. Em janeiro de 2023, data prevista para a adequação de parte do trecho, a obra foi protelada e um novo prazo foi estabelecido para maio deste ano. No entanto, a entrega da ponte precisou ser adiada após a suspensão do contrato com a empreiteira. Os serviços seriam retomados até março, o que não ocorreu.

Parte da pavimentação foi finalizada no local em janeiro deste ano I Foto: MATEUS ZERBINI

Na época, o DER alegou que problemas com um processo de desapropriação de terrenos e o período chuvoso atrasaram a conclusão. Em entrevista ao Diário, o diretor-geral do DER, Rodrigo Tavares, esclareceu que outro motivo para o atraso (na época) foi a abertura de uma cratera na LMG-503, rodovia que também faz parte do traçado do Anel Viário de Uberlândia.

A produção do Diário fez contato com a S3 CONSTRUTORA LTDA para obter mais informações sobre a previsão de entrega das obras. No entanto, até a publicação desta reportagem, não houve retorno.