01/10/2020 às 14h25min - Atualizada em 01/10/2020 às 14h25min
Justiça Eleitoral recebe notícia de inelegibilidade de Doca Mastroiano
Mesmo cassado, ex-vereador registrou candidatura para tentar voltar ao Legislativo esse ano
SÍLVIO AZEVEDO
Vereador foi cassado após ser alvo da operação Má Impressão | Foto: CMU/Divulgação A Justiça Eleitoral de Uberlândia recebeu nova notícia de inelegibilidade contra o registro de candidatura em desfavor de mais um vereador cassado. Desta vez, a denúncia foi contra Doca Mastroiano (Patriota).
Em maio desse ano, Doca foi o sétimo vereador cassado pela Câmara Municipal de Uberlândia por quebra de decoro parlamentar após denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na operação Má Impressão, que investigou o uso irregular da verba indenizatória na Câmara Municipal.
Mesmo com a cassação, Doca registrou sua candidatura a vereador nas eleições municipais que acontecem em novembro deste ano. Porém, na terça-feira (29), foi protocolado o documento contestando o registro pois ele não atenderia a todos os pré-requisitos exigidos para participar das eleições, uma vez cassado pelo Legislativo. O pedido partiu de um outro candidato a vereador, mas do Partido da Mulher Brasileira (PMB).
“Sendo assim, observando os fatos narrados bem como documentação probatória em anexo, solicito ao juízo, a comunicação desta Notícia de Inelegibilidade ao Ministério Público Eleitoral para que proceda, caso compreender necessário, com ação de Impugnação de Registro de Candidatura. Bem como intime o Sr. Mastroiano de Mendonça Alves e sua agremiação partidária para que proceda com a contestação dos fatos narrados”, justificou.
A reportagem entrou em contato com o vereador que afirmou ter tido o nome aprovado nas convenções partidárias e aguarda decisão do Judiciário sobre sua candidatura para tomar medidas que garantam sua participação da eleição.
“Eu fui aprovado nas convenções e registrei a candidatura junto à Justiça Eleitoral. É normal, de praxe, darem indeferido por causa da cassação, mas vou pedir uma liminar pois meu processo não foi julgado. Ainda não fui nem ouvido”, explicou Doca.