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28/04/2024 às 10h00min - Atualizada em 28/04/2024 às 10h00min

Mortes por câncer colorretal aumentam quase 15% em um ano

Dados da SES-MG apontam que 94 pessoas foram vítimas da doença em 2023

JUAN MADEIRA | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Câncer colorretal afeta tanto homens quanto mulheres | Foto: TV Brasil/Reprodução

O número de mortes por câncer colorretal em Uberlândia aumentou quase 15% em 2023, se comparado com o ano anterior. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), 94 pessoas foram vítimas da doença no ano passado, enquanto em 2022, a cidade teve 82 óbitos em decorrência da enfermidade. 

 

O levantamento da SES-MG revela ainda que do total de pessoas que morreram no ano passado, 46 são mulheres e 46 homens. Já em 2022, 33 mulheres e 49 homens foram vítimas da doença. 

 

De acordo com o oncologista Jorge Abissamra Filho, o câncer colorretal pode ser silencioso, mas os sintomas estão diretamente ligados ao funcionamento intestinal. “Muitas vezes é uma doença silenciosa, mas os sintomas que podem aparecer são alternância do hábito intestinal, com intestino preso e diarreia, emagrecimento repentino e sangramento nas fezes”, destacou.

 

O especialista também explicou que os tumores do trato gastrointestinal, incluindo o colorretal, geralmente têm origem no tecido epitelial. “O mais comum é o adenocarcinoma, e eles podem se desenvolver a partir de pólipos do intestino, que são saculações [pequenas bolsas] que ficam no intestino".

 

Jorge Abissamra afirmou que a gravidade da doença está relacionada ao estágio do câncer no momento do diagnóstico. "Se está em fase inicial, as chances de cura passam de 90%. No entanto, em fase avançada, as coisas ficam mais difíceis. Portanto, a gravidade depende muito de qual estágio é feito o diagnóstico", afirmou o oncologista.

 

Conforme dito pelo médico, o câncer colorretal afeta tanto homens quanto mulheres, mas existe uma tendência maior no sexo feminino. Além disso, a doença é mais propícia em pessoas a partir dos 40 anos. 

 

“É rara em pacientes mais jovens, a menos que apresentem a síndrome de lynch, que está associada à predisposição hereditária para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, principalmente o colorretal”, afirmou.

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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A pesquisa de sangue oculto nas fezes foi destacada pelo oncologista como uma opção para rastrear o câncer colorretal. O exame é disponibilizado de forma gratuita nas unidades básicas de saúde. "Geralmente, as lesões são sangrantes, mas nem sempre isso é visível nas fezes, por isso a pesquisa do sangue oculto é uma possibilidade", explicou.

 

Contudo, o especialista afirmou que a colonoscopia é o método mais preciso para o diagnóstico e prevenção da doença. "Com a colonoscopia, é possível realizar a biópsia, identificar lesões e prevenir a evolução da doença. Além disso, é possível visualizar pólipos e retirá-los durante o exame, evitando que possam se transformar em uma doença oncológica", completou. 

 

Quanto ao tratamento, Abissamra Filho destacou que a principal forma é a intervenção cirúrgica. “Quando a doença está localizada apenas no intestino e não se espalhou, o principal meio de tratamento é cirúrgico”. O procedimento pode ser realizado por via aberta, por videolaparoscopia ou como uma cirurgia robótica.


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