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17/06/2020 às 14h21min - Atualizada em 17/06/2020 às 14h21min

Manifestantes fazem ato contra medidas adotadas durante a pandemia

Grupos criticam governo federal e Prefeitura de Uberlândia; bonecos representando vítimas da Covid-19 foram colocados na praça Tubal Vilela

BRUNA MERLIN
Bonecos enrolados em sacos pretos foram espalhados pela praça durante a manhã desta quarta-feira (17) | Foto: Isley Borges

Diversos bonecos representando vítimas da pandemia do novo coronavírus foram instalados na manhã desta quarta-feira (17) na praça Tubal Vilela, em Uberlândia, também chamada de praça Ismene Mendes pelos manifestantes. O ato de protesto contestou a forma como a contaminação da Covid-19 está sendo tratada pelos governos, a partir da flexibilização do distanciamento social, cuja conduta é considerada irresponsável pelos grupos.
 
Segundo o membro da Central de Movimento Popular (CNT), Saulo Campos de Oliveira, a manifestação foi realizada e idealizada por movimentos populares da cidade, como o Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de sindicatos e partidos políticos. O ato não contou com aglomerações de pessoas e passeatas.
 
O protesto segue a pauta nacional do movimento “Fora Bolsonaro”, que registra atos por todo o país, e defende as lutas em favor da vida e da democracia. Em Uberlândia, os manifestantes deixaram à exposição bonecos enrolados em sacos plásticos pretos representando vítimas não só da doença, como de homofobia, racismo, violência doméstica e violência policial. Também usaram faixas com frases contra o presidente da República Jair Bolsonaro e contra o prefeito de Uberlândia Odelmo Leão.
 
“Levantamos mais uma vez a bandeira nacional ‘Fora Bolsonaro’. Acreditamos que o atual presidente da República está atuando de forma que não condiz com a realidade que estavam enfrentando. O jeito irresponsável como ele administra a pandemia é um exemplo disso”, ressaltou Oliveira.

Faixas contra o prefeito Odelmo Leão também foram colocadas na praça | Foto: Isley Borges

O membro da CNT explicou ainda que o protesto também critica as decisões do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19. Por isso, uma das faixas colocadas na praça pedia que o prefeito voltasse a decretar o isolamento social, nos mesmos moldes do decreto do dia 20 de março, quando foram mantidas as atividades apenas dos serviços essenciais. Atualmente, a maior parte do comércio está funcionando, porém com restrição de horários. 

“Alguns decretos vão na contramão do compromisso com a vida. As medidas de reabertura do comércio provam isso porque os números de infectados e óbitos só aumentam”, concluiu.
 

O Diário de Uberlândia entrou em contato com a Prefeitura para comentar o assunto e até a publicação desta não obteve retorno.


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