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04/06/2020 às 16h49min - Atualizada em 04/06/2020 às 18h05min

Justiça garante retorno de Marcelo Cunha à Câmara de Uberlândia

Vereador estava afastado após ser denunciado pelo Gaeco nas operações O Poderoso Chefão e Guardião

SÍLVIO AZEVEDO
Vereador teve pedidos em habeas corpus deferidos e disse que seguirá provando inocência | Foto: Sílvio Azevedo
O vereador afastado Marcelo Cunha (PMB) conseguiu revogar as medidas cautelares em dois habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Uma decisão favorável já havia sido concedida na semana passada e, na tarde desta quinta-feira (4), foi deferida a segunda liminar. As decisões garantem o retorno do parlamentar à Câmara Municipal de Uberlândia.

"Comprovei tudo, infelizmente fui vítima do momento que passou. É uma liminar, o processo principal ainda continua e vou continuar trabalhando e provar novamente que eu não tive nada a ver com os casos e não fiz nada de incorreto”, disse Cunha ao Diário.

Segundo Marcelo, a Câmara deverá ser informada da decisão para que ele retorne ao cargo ainda nesta sexta-feira (5) ou no mais tardar segunda (8). Com o retorno de Marcelo Cunha, quem deixa o cargo é Odair José (Avante), que era o segundo suplente da coligação e estava na vereança de forma interina.

Marcelo Cunha tomou posse em novembro após a renúncia de Ismar Prado, investigado na operação Má Impressão. Porém, duas semanas depois foi afastado a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) por ser acusado de fraude à licitação durante as investigações da operação O Poderoso Chefão.

O vereador era diretor administrativo do Legislativo na época e foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por ter autorizado a contratação irregular de um escritório de advocacia para auxiliar os trabalhos da CPI das Vans, em 2015.

Cunha também foi denunciado por corrupção passiva na operação Guardião, que encontrou irregularidades no contrato de prestação de serviços de segurança da Câmara Municipal. No mês passado, a reportagem conversou com exclusividade com Marcelo Cunha, que na ocasião mostrou documentos que, segundo ele, atestavam sua inocência nos dois casos.

Ainda nesta tarde, o vereador protocolou o pedido no Legislativo para retorno imediato das atividades.O Diário de Uberlândia procurou a Câmara, que confirmou já ter sido informada sobre o requerimento e a decisão por parte do vereador. A notificação oficial, por parte do Poder Judiciário, ainda não ocorreu. Assim que a Casa for intimada, o presidente Ronaldo Tannús (PL) tomará as providências cabíveis para cumprimento.


Esta matéria foi atualizada às 11h42 desta sexta-feira (5).

 

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