A Câmara Municipal de Uberlândia publicou nesta terça-feira (19) a portaria que exonera os assessores do vereador Juliano Modesto (Solidariedade), preso em 15 de outubro pelo crime de obstrução de Justiça.
No total, foram 15 assessores exonerados. Entre eles está o assessor Carlos da Mata, que também é investigado nas operações O Poderoso Chefão e Torre de Babel, as mesmas que prenderam Modesto.
O vereador está em licença compulsória desde 10 de outubro, quando o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Polícia Militar (PM) cumpriram mandados na Câmara e na casa dele. Ele se entregou na semana seguinte à deflagração da Operação Torre de Babel, uma vez que não foi localizado para cumprimento do mandado de prisão preventiva.
ENTENDA O CASO
A exoneração acontece após um impasse com o suplente Walquir Amaral, que assumiu a vaga na última quarta (13). Na data, o presidente da Câmara, Hélio Ferraz-Baiano (PSDB), disse que o político deveria assumir toda a equipe do titular.
Nesta segunda (18), Amaral se reuniu com o promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, Luiz Henrique Borsari, o vereador Ronaldo Alves (ordenador de despesas da Câmara) e a procuradora-geral da Câmara Municipal Alice Ribeiro de Sousa.
Ficou decidido, então, que Amaral poderia nomear os próprios assessores e a Câmara deveria proceder com a exoneração de Modesto e demais assessores. Em entrevista ao Diário, ele afirmou que cerca de nove a 10 novos funcionários deveriam ser empossados até amanhã (21).