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24/12/2017 às 05h13min - Atualizada em 24/12/2017 às 05h13min

Tracker é o SUV mais rápido do País

Medição é feita em parceria com instituto; Corolla, Argo, Kwid e Polo também são destaques em categorias

EDUARDO SODRÉ | FOLHAPRESS
Tracker domina provas de aceleração e consumo, mas não chega a ser SUV mais econômico / Foto: Chevrolet/Divulgação

 

O segmento dos utilitários compactos foi o que mais apresentou novidades em 2017, com 20 novos modelos passando pela pista de testes. A moda se confirma pelos números de venda: 371 mil jipinhos e jipões foram emplacados entre janeiro e novembro deste ano, de acordo com os números da Fenabrave, entidade que representa os distribuidores de automóveis.

O teste Folha-Mauá é uma parceria entre a Folha e o Instituto Mauá de Tecnologia. As medições, com instrumentos de precisão, são feitas desde 1996. Os dados são aferidos em pista fechada. O consumo tem duas etapas: a primeira, com velocidade constante de 100 km/h, simula um percurso rodoviário. A segunda é feita em circuito urbano.

Na pista, o resultado comprova a eficiência dos motores turbo: o Chevrolet Tracker 1.4 flex (153 cv de potência) dominou as provas de aceleração e retomada e obteve bons números nas avaliações de consumo na cidade e na estrada. Contudo, o mais econômico do ano foi o nipo-brasileiro Nissan Kicks.

O motor 1.6 flex (114 cv) do jipinho urbano produzido em Resende (RJ) gastou menos gasolina do que alguns dos carros populares avaliados ao longo do ano. Boas médias foram obtidas tanto na versão equipada com câmbio manual quanto na opção automática do tipo CVT, que simula seis marchas.

O Hyundai Creta, que foi o mais vendido do segmento de jipinhos urbanos em novembro, foi avaliado na versão 2.0 flex (166 cv). Andou bem, mas não o suficiente para superar o utilitário da Chevrolet.

O consumo do modelo de origem sul-coreana também foi mais alto que o dos rivais, o que deixou o Creta fora do top três nessa categoria.

 

CHINÊS ECONÔMICO

O importado chinês JAC T40 foi bem na prova de consumo urbano com gasolina e desbancou alguns dos campeões em venda do segmento. Outro ponto positivo do carro é o preço sugerido pela fabricante, que parte de R$ 57 mil. São cerca de R$ 20 mil a menos que o pedido pelos rivais diretos no Brasil.

Renovado, o Ford EcoSport demonstrou disposição nas provas de retomada, conquistando o terceiro lugar tanto com etanol quanto com gasolina. Os números correspondem à opção 2.0 flex (176 cv) com o novo câmbio automático de seis marchas, que substitui a caixa de dupla embreagem.

 

CARRO 1.0

Populares evoluem em economia e motor em 5 anos

O Ranking Folha-Mauá 2017 acompanha o fechamento de um ciclo: chega ao fim o Programa Inovar-Auto, que vinculou incentivos fiscais a metas de eficiência energética. Entre erros e acertos, o regime automotivo que durou cinco anos tem o mérito de acelerar a chegada de motores e tecnologias mais limpas.

A evolução é percebida na comparação entre os resultados de 2012 –ano em que o plano de metas foi apresentado– e os números atuais. Os carros populares apresentam as maiores variações.

Há cinco anos, o Renault Clio foi o carro 1.0 mais econômico na cidade, com média de 12,5 km/l com gasolina no tanque. Em 2017, esse posto ficou com o Fiat Argo Drive: 15,1 km/l.

Também houve evolução no desempenho. Em 2012, o Clio também assumiu a dianteira entre os populares ao acelerar de zero a 100 km/h em 15,2s. Neste ano, o mais ágil foi outro Renault, o Kwid, que cumpriu a prova em 13,5s. Ambos estavam abastecidos 100% com etanol.

A tendência de utilizar o turbo para se extrair mais potência de motores pequenos era restrita a carros que custavam mais de R$ 80 mil em 2012. Hoje, modelos com preço abaixo de R$ 60 mil já trazem essa tecnologia.

Graças à turbina, o compacto Volkswagen Polo 1.0 TSI se destaca nas provas de desempenho e consumo do ranking de 2017. A empresa segue lançando modelos dotados dessa tecnologia.

"Em janeiro, a empresa vai lançar o sedã Virtus. Com a chegada desse carro, quase a metade do nosso portfólio terá opção de motor turbo", diz José Loureiro, gerente-executivo de desenvolvimento de veículo da Volkswagen.

A evolução dos motores é comprovada também pelo baixo consumo das opções 1.3 e 1.4 flex da Fiat e da Chevrolet. Os modelos Argo e Onix foram os veículos mais econômicos entre os compactos, obtendo médias acima de 20 km/l na estrada quando abastecidos com gasolina.

O mercado aguarda o anúncio do próximo regime automotivo, o Rota 2030. O que se espera agora são regras que beneficiem modelos híbridos ou 100% elétricos. Hoje, soluções não poluentes se restringem a carros caros.

 

MÉDIO PORTE

Três marcas dominam segmento sem muitas novidades

As montadoras Toyota, Honda e Chevrolet dominaram a categoria que reuniu os carros de médio porte.

Como esperado, versões turbo obtiveram os melhores resultados de aceleração e retomada em um ano com poucas novidade no segmento.

O sedã Honda Civic Touring foi o mais rápido do ano, seguido pelo hatch Cruze Sport6. Ambos chegaram aos 100 km/h em menos de 10 segundos, destacando-se dos demais concorrentes.

O Toyota Corolla teve menos pressa, mas compensou com o baixo consumo de combustível. A versão 1.8 GLi foi a mais econômica tanto nas medições com etanol quanto com gasolina.

A concorrência será bem mais acirrada em 2018, quando o Ford Focus, o Citroën C4 Lounge e os Volkswagen Golf e Jetta serão renovados.

 

ESPORTIVOS

Porsche 911 GTS vence por fração de segundo

A decisão se deu nos décimos de segundo, como cabe a um carro esportivo que mereça respeito: o Porsche 911 GTS é o mais rápido do ano no Ranking Folha-Mauá.

O Audi RS7 Performance obteve o melhor número na prova de aceleração de zero a 100 km/h, mas ficou em desvantagem na retomada. O desempate se deu na comparação das outras medições feitas pelo Instituto Mauá de Tecnologia.

O Porsche levou vantagem na comparação entre todas as passagens aferidas na pista de testes e também mostrou ser o mais eficiente: registrou o menor consumo de gasolina entre os esportivos avaliados em 2017.

"O 911 tem um papel importante nos nossos resultados no país. Só neste ano, até o momento, já entregamos 34 veículos da versão GTS aos nossos clientes", diz Werner Schaal, diretor de vendas da Porsche Brasil.

O volume de vendas pode parecer baixo, mas é significativo para um carro que custa R$ 726,5 mil e foi pensado para as pistas.

O 911 "convencional" tem fama de ser um esportivo dócil, apto ao uso cotidiano. Essa característica não se aplica à versão GTS, que, de tão baixo que é, não tolera rampas de garagem.

Fora das amarras da cidade, o esportivo com motor 3.0 turbo (450 cv) tem a chance de mostrar suas capacidades.

O carro é feito para pistas como a usada para os testes de desempenho, na cidade de Limeira, no interior de São Paulo.

O Porsche tem um conjunto tão equilibrado que superou a maior potência dos concorrentes. O RS7, por exemplo, tem 155 cv a mais.

Em meio a supercarros de origem alemã, o inglês Jaguar F-Type SVR completou o pódio na categoria de esportivos. 


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