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17/02/2024 às 08h00min - Atualizada em 17/02/2024 às 08h00min

Triângulo Mineiro em Alerta: Impactos dos surtos de Dengue e Influenza H3N2 na saúde pública e suas implicações

JOÃO LUCAS O'CONNELL
A região do Triângulo Mineiro está enfrentando um grande desafio nos campos da saúde pública e privada. A epidemia conjunta da Dengue com um grande número de casos de infecção respiratória causada pelo vírus da Influenza H3N2 tem castigado os pacientes que precisam de atendimento emergencial nos Pronto Socorros e Enfermarias públicas e privadas da região.

As consequências desses surtos virais estão criando um cenário crítico. Atendimento hospitalar demandado, pacientes necessitando de assistência e uma população angustiada enchem os corredores dos hospitais, tornando aparente a urgência de uma intervenção direcionada e efetiva.

O panorama atual obstrui o caminho para aqueles que necessitam de atendimento e os longos tempos de espera nos hospitais ressaltam as dificuldades experimentadas por pacientes e os desafios enfrentados pelos profissionais médicos.

A Dengue e a Influenza H3N2 são doenças críticas que merecem análise atenta, considerando seus sintomas e a orientação para identificar a necessidade de internação hospitalar.

A Dengue, causada pelo mosquito Aedes aegypti, ocasiona uma doença febril aguda. Sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas articulações e músculos, fadiga e mal-estar podem sinalizar sua presença. Se houver vômitos intensos e contínuos, dores abdominais fortes, pele fria e úmida, confusão mental, sangramento ativo, manchas puntiformes na pele, entre outros, a pessoa deve buscar atendimento médico imediatamente. Esses sintomas agravados podem ser sinal de dengue hemorrágica, uma variedade mais perigosa da doença.

Por sua vez, a Influenza H3N2, um subtipo do vírus da gripe, manifesta-se através de febre alta, tosse seca, dor de garganta, coriza, dores de cabeça e musculares intensas. Quando associada a dificuldade para respirar, pressão forte no peito e confusão mental, um atendimento médico se faz emergente e necessário. Esse agravamento dos sintomas pode indicar um quadro de pneumonite viral, condição séria das vias aéreas inferiores.

A identificação correta desses sintomas é fundamental para o atendimento e tratamento adequado aos pacientes. Desafogar os pronto-atendimentos e obter uma assistência mais efetiva para cada caso se torna mais factível quando a população conhece e consegue distinguir as manifestações dessas doenças, bem como os sinais de alarme a serem levados a sério.

Prevenção e conscientização ainda são as chaves nesta batalha contra essas duas doenças virais. Enfatizam-se as práticas de higiene ambiental regulares, uso de repelentes como cuidados para evitar exposição ao Aedes aegypti, responsável pela Dengue, e a vacinação anual para a Influenza, como principais formas de prevenção. A vacinação contra a Dengue tem sido difícil de se encontrar e parece não estar fornecendo proteção tão eficaz contra o subtipo que tem causado a maioria dos casos nas últimas semanas.

O cenário que o Triângulo Mineiro e tantas outras regiões do Brasil enfrentam nos leva a refletir sobre a importância do planejamento e rápida adequação dos sistemas de saúde pública e privada para estes momentos de aumento excepcional da demanda pelos atendimentos e internações de urgência. Neste sentido, a Prefeitura de Uberlândia e os principais Hospitais privados da cidade têm tentado multiplicar seus esforços no sentido de otimizar as condições de atendimento adequado.

Além destes esforços institucionais, é importante lembrar que cada cidadão tem um papel a desempenhar nesse cenário, seja na prevenção ou identificação correta dos sintomas e sinais de gravidade relacionados às infecções causadas por esses vírus. Todos juntos, através de ações individuais e coletivas, poderemos enfrentar esses desafios de saúde pública.


*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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