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29/07/2023 às 08h00min - Atualizada em 29/07/2023 às 08h00min

O hábito da procrastinação e sua interferência da nossa competência

JOÃO LUCAS O'CONNELL
A procrastinação é, sem dúvida, um desafio enfrentado por muitas pessoas na sociedade moderna. Seja como estudante, profissional liberal ou assalariado, esse péssimo hábito pode prejudicar significativamente o desenvolvimento de atividades cotidianas e causar estresse desnecessário. Mas, independentemente da origem cultural ou profissional, é possível adotar técnicas eficazes para superar esse comportamento e tornar a vida mais produtiva e satisfatória.

Procrastinamos não só por mal, mas também porque temos tantas demandas que, muitas vezes, temos dificuldades para nos organizar e colocar todas as tarefas em sua devida ordem de importância e urgência. Esta dificuldade de organização faz com que, muitas vezes, tarefas importantes (e que requerem mais atenção e cuidado) sejam deixadas para a última hora. E, no desespero da última hora, muitas vezes elas acabam não saindo como deveriam. Um outro problema muito importante que leva muitos de nós a procrastinar é o grande número de estímulos de distração a que estamos sujeitos diariamente. 

Uma das razões pelas quais procrastinamos é a dificuldade de nos organizarmos e priorizarmos nossas tarefas. Neste sentido, uma técnica útil é o "Método de Eisenhower", criado com base na ideia de que as tarefas podem ser classificadas em quatro categorias: importantes e urgentes, importantes mas não urgentes, urgentes mas não importantes e não urgentes e não importantes. Ao identificar a natureza de cada tarefa, podemos planejar nossas ações de acordo com a importância e o prazo.

Além disso, é importante lidar com a causa subjacente da procrastinação. Muitas vezes, o adiamento pode estar associado a questões emocionais, como ansiedade, medo do fracasso ou perfeccionismo. A autorreflexão e o autoconhecimento são essenciais para identificar esses padrões e trabalhar para superá-los. Se necessário, buscar apoio profissional, como terapia, pode ser uma opção valiosa.

A criação de um ambiente adequado para o trabalho também pode contribuir para reduzir a procrastinação. Manter o local de estudo ou trabalho organizado e livre de distrações pode ajudar a manter o foco e a concentração. Definir prazos realistas e quebrar tarefas complexas em partes menores pode torná-las mais gerenciáveis e menos avassaladoras. Ao atingir pequenas metas ao longo do caminho, sentimos um senso de realização que motiva a continuidade do trabalho. O uso de ferramentas (como agendas) e aplicativos de gerenciamento de tempo também pode ser uma forma eficaz de acompanhar tarefas e prazos, bem como ajustar o planejamento à medida que surgem novas demandas.

O estabelecimento de recompensas para nós mesmos após a conclusão de tarefas pode ser uma estratégia motivadora. Pequenas gratificações podem ajudar a manter o entusiasmo e incentivar a conclusão das atividades. Outro fator importante é o cultivo da disciplina e da autorresponsabilidade. Aprender a cumprir compromissos assumidos consigo mesmo é essencial para superar a tendência à procrastinação.

Por fim, lembre-se de que é normal cometer erros e encontrar desafios ao tentar superar a procrastinação. Se isso acontecer, não se puna, mas sim reflita sobre o que pode ser feito de forma diferente na próxima vez.

Em resumo, a procrastinação pode ser um hábito prejudicial que afeta nossa produtividade e bem-estar. No entanto, com autoconhecimento, técnicas de gerenciamento de tempo e esforço contínuo, podemos aprender a evitar esse comportamento e alcançar uma vida mais organizada e realizada.


*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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