Estamos vivendo dias difíceis no Brasil. Apesar das alegrias e bons momentos trazidos pela Copa do Mundo, muitos brasileiros não estão conseguindo se divertir e curtir o momento, pois ainda estão muito decepcionados com o resultado das eleições presidenciais. Milhões de brasileiros passaram o último mês muito tristes e estressados. O fato é que, muitas vezes, muitos de nós, especialmente os latinos, condicionamos a nossa felicidade a algum evento futuro ou a algum objetivo a ser atingido: Só serei feliz quando eu conseguir passar no vestibular... Quando eu me formar... Quando eu conseguir comprar aquele carro ou aquela casa dos sonhos.
Outras vezes, condicionamos a nossa felicidade até a um fator externo e que, muitas vezes, nem depende de nós e da nossa competência pessoal ou profissional: Só serei feliz quando eu conseguir ganhar na Mega Sena. Só serei feliz se o candidato que escolhi for eleito para presidente... Este tipo de condicionamento da mente nos é imposto pela Sociedade (e muitas vezes pelos nossos pais e familiares) desde muito cedo na vida. Aprendemos a pensar assim com nossos pais, familiares, amigos e professores da escola.
A sabedoria popular diz que se nos empenharmos na vida, teremos sucesso. E que, se tivermos sucesso, então poderemos ser felizes. Desde muito cedo, aprendemos que se pudéssemos encontrar aquele emprego dos sonhos, conseguir uma promoção no trabalho, perder aqueles três quilos, a felicidade viria... Mas descobertas recentes no campo da psicologia positiva têm demonstrado que essa fórmula funciona na verdade de maneira inversa: é a felicidade que impulsiona o sucesso, e não o contrário. Quando somos positivos, o nosso cérebro se envolve mais, torna-se mais criativo, motivado, energizado e produtivo no trabalho. Este não é um simples mantra vazio. A descoberta foi repetidamente comprovada por rigorosas pesquisas nos campos da psicologia e da neurociência, estudos de gestão e resultados financeiros de organizações ao redor do mundo.
A felicidade é um conceito abstrato, subjetivo e difícil de definir. Alguns dizem que a felicidade resultaria de uma equação entre o que conseguimos atingir em nossa vida sobre as expectativas que temos da vida em relação a ela (felicidade = atingido / expectativa). Assim, quanto mais almejamos em termos de objetivos pessoais, mais difícil fica atingir a meta de ser feliz. Alguns professores famosos do Departamento de Psicologia de Harvard defendem que a felicidade e a alegria não são parte da genética do indivíduo e que podemos ser treinados para nos sentirmos mais felizes. Segundo um dos seguidores do positivismo da escola de Harvard, o professor Tal Bem-Shahar (autor do livro Being Happy), não é preciso ser perfeito para levar uma vida mais rica e mais feliz. O segredo parece depender de vários fatores como, por exemplo, uma maior aceitação em relação a acontecimentos desagradáveis (que fogem ao nosso controle) e deixar de lado as nossas expectativas de perfeccionismo. Afinal, é precisamente a expectativa de sermos perfeitamente mais felizes é que nos faz menos felizes.
De maneira simples e sucinta, os positivistas da “filosofia Harvard” sugerem que, para sermos mais felizes, deveríamos tentar treinar a nossa mente diariamente e buscarmos repetidamente tomar algumas atitudes importantes. Conselhos da filosofia de Harvard para a busca da felicidade: