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14/05/2022 às 08h00min - Atualizada em 14/05/2022 às 08h00min

Quais são as principais Doenças Pulmonares?

JOÃO LUCAS O'CONNELL
A doença pulmonar é um termo genérico dado às doenças que afetam o pulmão dos pacientes. Assim, as pneumonias, a asma, a tuberculose, a fibrose cística, a apnéia do sono, a embolia pulmonar, a hipertensão pulmonar, o câncer de pulmão são todos exemplos de doenças pulmonares. Algumas doenças pulmonares são crônicas e o paciente pode apresentar uma limitação respiratória basal que piora durante crises agudas, apresentadas ao longo da vida. Outras doenças pulmonares são agudas e duram apenas alguns dias, até que o paciente volte a recuperar. Mais recentemente, fomos apresentados a uma nova forma de doença pulmonar secundária à covid-19, em que pode haver um comprometimento agudo do pulmão que pode demorar de semanas a meses para uma recuperação total.
 
Algumas doenças pulmonares (como o câncer, o enfisema e a bronquite) são desencadeadas ou têm seus fatores de risco associados à exposição a longo prazo a  certas substâncias, como o tabaco, a poeira, o pólen, a fumaça (do cigarro ou lenha, por exemplo), e a irritantes químicos. A embolia e a hipertensão pulmonar, por exemplo, podem acontecer como efeito colateral do uso de medicamentos (como os anticoncepcionais), secundário a algumas doenças (como insuficiência cardíaca, doenças imunológicas, COVID e outras). Alterações e pré-disposições genéticas, assim como má formações pulmonares ou dos vasos pulmonares ao nascimento também podem fazer com que o paciente apresenta doenças do pulmão.
 
As doenças pulmonares podem variar em grau de gravidade. Alguns pacientes (como os asmáticos, por exemplo) podem ter uma vida completamente normal e não limitada e apresentarem casos graves (que até ameaçam a vida) de maneira aguda quando expostos a um fator desencadeante da crise (poeira, vírus, temperatura, agentes químicos ou outros). Outras doenças pulmonares podem ser muito graves e levar ao comprometimento de diversos outros órgãos que ficam sobrecarregados em decorrência da doença pulmonar. O coração, pela proximidade e pela interdependência com o pulmão é o órgão que mais sofre com isso. A maioria dos outros órgãos acaba sofrendo pela diminuição da quantidade de oxigênio que lhes é ofertado, condição denominada de hipoxemia. 
 
Um dos tipos de doença pulmonar mais comuns é a chamada Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A DPOC é caracterizada por uma obstrução das vias aéreas, o que limita o fluxo de ar pelas vias aéreas e torna a respiração mais difícil. Os principais sintomas da DPOC são: falta de ar aos esforços, que pode progredir até para atividades corriqueiras como trocar de roupas ou tomar banho; pigarro; tosse crônica; tosse com secreção que, geralmente, piora pela manhã.  
 
As principais doenças enquadradas neste grupo de doenças chamadas de DPOC são o enfisema pulmonar e a bronquite crônica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 210 milhões de pessoas no mundo têm DPOC e a estimativa é de que a doença se torne a terceira principal causa de morte por volta do ano de 2020.
 
O tabagismo é o principal fator de risco para a DPOC e sua origem é fortemente ligada ao efeito da fumaça de cigarro nos pulmões. Há uma boa relação da quantidade e do tempo de tabagismo com a gravidade da doença. Normalmente, seu início é lento, mas pode evoluir de modo mais rápido levando a incapacidade por insuficiência respiratória e óbito. Outros tipos de fumo como o cachimbo, narguilé, maconha e a exposição passiva também contribuem para causar e piorar a doença. A poluição ambiental, a queima de biomassa como as queimadas de lavouras e uso de lenha para cozinhar, como o fogão a lenha, entram também neste grupo. 
 
Infelizmente, a DPOC não tem cura, os tratamentos disponíveis atuam retardando a progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo as complicações. É fundamental consultar um médico clínico geral e pneumologista para diagnóstico e tratamento adequados. A fisioterapia e os exercícios físicos com orientação profissional adequada de um fisioterapeuta também são aliados do paciente.

*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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