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11/12/2021 às 08h00min - Atualizada em 11/12/2021 às 08h00min

Previna-se com prazer

TÚLIO MENDHES
Acredito que você como eu estamos embasbacados de como 2021 passou rápido! Com essa “velocidade” veio o hábito de associarmos cores para cada mês do ano. Isso obviamente é uma estratégia para conscientizar a sociedade sobre temas relacionados à fragilidade da saúde e à prevenção e tratamento de diagnósticos que demandam de empatia, por exemplo, o debate de diversos casos da saúde mental como, a depressão, o autismo, o suicídio entre outros... Sem mencionar a conscientização da prevenção sobre diversos tipos de cânceres  como, o câncer de útero, de mama, câncer de próstata, de pele, câncer colorretal.

E hoje, 11 de dezembro de 2021, é mais que certo eu falar um pouco sobre a conscientização a respeito do HIV e da prevenção do câncer de pele. Sim, são diagnósticos diferentes, que foram mencionados no calendário, associados a duas cores. Só para constar temos meses com até quatro cores diferentes debatendo assuntos relacionados ao nosso bem estar e nossa saúde. Mas...

Continuando sobre o #DezembroVermelho, que conscientiza a respeito do HIV... Hoje existem formas de prevenção e tratamentos que há 40 anos não existiam desde a identificação dos primeiros casos da doença no país. A prevenção disponível e aplicada, no geral, era um gravíssimo e nojento preconceito – nem tão diferente dos dias de hoje. Todavia, com o avanço de novas tecnologias, novas aprovações de diferentes protocolos, novos estudos... Exatamente há 25 anos, os medicamentos antirretrovirais, usados para tratar a infecção, passaram a ser distribuídos via rede pública de saúde. 

Desde aquele momento nasceu a empatia para com os pacientes. Uma empatia que visa a qualidade de vida, o bem-estar e a melhora da saúde para cada pessoa infectada com esse vírus. Todavia, a evolução nas formas de tratamento e prevenção do HIV, vírus causador da Aids, continua sendo uma preocupação para cada um de nós. Muitos mitos cercam a Aids. Entre eles está a forma de transmissão do vírus HIV. O preconceito ainda existente e a desinformação acabam aumentando a discriminação e contribuem para o isolamento dos soropositivo. De forma bem resumida listei alguns mitos e verdades relacionados às formas de transmissão do vírus HIV:

Pois bem... Você pode contrair o HIV na relação sexual sem camisinha – vaginal, anal ou oral, transfusão com sangue contaminado, compartilhamento de seringas contaminadas, instrumentos cortantes e perfurantes não esterilizados, e durante a gestação, parto ou amamentação.

Por outro lado, se você ouvir um “Zé Mané” falando asneiras de como o vírus é disseminado, preste bem atenção e diga: “tá doido?”. É IMPOSSÍVEL se contaminar com HIV através de beijos, abraços e gestos de carinho; transmissão aérea; compartilhamento de talheres e copos e uso compartilhado de toalhas e roupas.

Desde aquele ano que soubemos do contágio ao tratamento, não podemos deixar de agir sobre a conscientização do encorajamento sobre o autocuidado, reforçando o papel do controle adequado do HIV e mobilizando redes de apoio em torno das pessoas que convivem com o vírus, independente da idade e orientações sexuais. Todos nós podemos fazer um gesto pequeno, médio ou gigantesco. Afinal, o momento é sempre de alerta. 

Por isso é indispensável o uso do preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais), afinal, esse é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/Aids e das hepatites virais B e C. Não podemos esquecer que nossos gestos frente a prevenção adequada e unificada assimilam positivamente o uso do preservativo masculino ou feminino, as ações de prevenção, os diagnósticos e tratamentos antirretrovirais para todas as pessoas vivendo com HIV, reduzindo danos físicos e emocionais, entre outros.

Por hoje é só. Então aproveite e previna seu fim de semana! Se precisar, você pode retirar preservativos gratuitamente na rede pública de saúde. Para encontrar o local de retirada mais próximo, ligue para o Disque Saúde: 136.


*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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