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20/11/2021 às 08h00min - Atualizada em 20/11/2021 às 08h00min

Considerações sobre os principais cânceres de pele

TÚLIO MENDHES

Mais um sábado e aqui estamos nós para bater um “Papo Saudável”! Bom... pra começarmos quero que responda com sinceridade. O que você sabe sobre o câncer de pele? Se a resposta foi sim, você sabe identificar todos os tipos de câncer de pele? Pois bem... hoje esse é o tema que estou abordando. Entenda junto comigo o que saber sobre câncer de pele.

 

Pra começar, existem vários tipos de câncer de pele... Entre os mais “comuns” estão: o carcinoma espinocelular, o melanoma maligno e o carcinoma basocelular. Por outro lado, existem os tipos menos comuns, por exemplo, sarcomas de pele e carcinoma de Merkel. Aqui no Brasil é sabido que o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos relacionados à doença. Uma vez que o tipo de câncer mais comum entre os brasileiros é o melanoma que é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Quando diagnosticado tardiamente, o melanoma tende a se espalhar para outras partes do corpo, um processo conhecido como metástase. Mas apesar de ser o mais incidente, possui altas chances de cura, principalmente quando é detectado logo no início.

 

Como escrevi acima, entre os mais comuns está o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer, o carcinoma espinocelular, que surge nas células escamosas localizadas nas camadas mais superficiais da pele, em outras palavras, é mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. Lembrando que também  pode se desenvolver em todas as partes do corpo, além de ter incidência duas vezes maior nos homens do que nas mulheres. Independente do gênero ele pode se desenvolver, principalmente, em pessoas de pele, olhos e cabelos claros por ter menos melanina, que é o pigmento da pele que protege contra a radiação ultravioleta. Normalmente, o carcinoma espinocelular têm coloração avermelhada e se apresenta como se fosse machucados ou feridas espessas e descamativas, que não cicatrizam e ocasionalmente sangram. Também tem aparência bem similar à das verrugas. Entretanto, somente um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto.

 

Já outro tipo de câncer mais comum é o carcinoma basocelular, que normalmente se desenvolve em pessoas depois dos 40 anos e de pele clara, devido à exposição solar ao longo da vida. Ele surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Seu aspecto é uma mancha rosa brilhosa na pele e que cresce lentamente, podendo apresentar uma crosta no centro da mancha. Ah, e pode sangrar facilmente.

 

Por último, dentre os mais comuns está o melanoma maligno que é o tipo mais perigoso e que tem chances de cura mais baixas, especialmente se identificado numa fase muito avançada. Desenvolve-se nas regiões expostas ao sol como rosto, ombros, couro cabeludo ou orelhas, especialmente em pessoas de pele muito clara. Seu aspecto pode ser observado através de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons escurecidos. Porém, a “pinta” ou o “sinal”, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho, e também podem sangrar. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer anormalidade suspeita.

 

Concluindo, os tipos de tratamentos para o câncer de pele variam conforme a necessidade de cada pessoa. Contudo, a forma mais comum é através de cirurgia. Mas existem outros tratamentos disponíveis como imunoterapia por meio de medicações, e se ainda for necessário, pode-se recorrer à quimioterapia e à radioterapia.

 

Por fim, a principal forma de prevenção contra o câncer de pele é o cuidado com a exposição ao sol ao longo da vida, isso desde a infância. O uso do protetor solar é importante durante todo o dia em que for ficar exposto ao sol. O recomendado pelos médicos é, no mínimo, fator 30. Se você possui alguma lesão na pele, seja mancha, pinta, nódulo avermelhado ou machucado que não cicatriza – que não existia antes ou que existia, mas mudou de aparência ou de tamanho – procure imediatamente um dermatologista. Se a suspeita for um câncer de pele, o médico irá solicitar uma biópsia para confirmar o diagnóstico.


*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.



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