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28/05/2021 às 18h09min - Atualizada em 28/05/2021 às 18h09min

Enxergue a vida sem Glaucoma

TÚLIO MENDHES
Na última quarta-feira (26), comemorou-se o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. ​Mas muita gente ainda não tem noção do que é essa doença ocular que afeta o nervo óptico. Em outras palavras, a estrutura dos olhos que leva as informações do que enxergamos para a área do cérebro que vai interpretar a visão.
 
​Pois bem, o glaucoma é uma doença em que as células que fazem conexão do olho com o cérebro morram, até tomar todo o nervo óptico podendo cegar a pessoa. O aumento da pressão intraocular é o principal fator de risco e o único que efetivamente é possível receber tratamento, mas é importante apontar que existem pessoas com glaucoma com pressões em níveis normais, como pacientes sem glaucoma e com pressões altas.
 
Bom... Uma vez confirmado, o tratamento para o glaucoma se alonga por toda a vida. O foco é controlar a pressão ocular, para tal, existem alguns medicamentos, normalmente na forma de colírios, mas em alguns casos, pode-se recorrer a laser ou cirurgia.
 
Pesquisando, descobri que a Sociedade Brasileira de Glaucoma afirma que, só no Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas sofrem dessa doença. Além disso, eles também acreditam que estima-se que de 1 a 2% da população mundial tenha glaucoma, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Existem mais de 30 tipos diferentes de glaucoma. Se dividirmos esse número em categorias de pessoas, o mais simples inclui em primeiro lugar os glaucomas infantis, pois é... As crianças glaucomatosas apresentam os sintomas muitas vezes pela má formação do olho, para isso a melhor e mais prática solução é tratada  cirurgicamente.
 
A outra parte são as pessoas que apresentam glaucoma de ângulo aberto, lembrando que no Brasil esse tipo é o mais prevalente com poucos sintomas em estados iniciais e moderados. A terceira parcela está com as pessoas que desenvolvem os glaucomas de ângulo fechado, estes mais delicados ocorrem em crises agudas e graves, potencialmente causando cegueira se não tratados rapidamente. E por último e não menos importante temos, as pessoas com os glaucomas secundários que ocorrem por várias causas diferentes. Entre os motivos mais comuns estão outras perturbações oculares como inflamações, tumores, cataratas e uso de corticoides.
 
Para pacientes acima dos 40 anos de idade, é o período em que o glaucoma se torna mais comum, portanto é recomendável fazer uma visitinha por ano ao oftalmologista, com o objetivo de descartar a presença do glaucoma e evitar que a doença se torne intratável. Durante a consulta, os médicos realizam um exame de fundo de olho, que ajuda na hora de diagnosticar o glaucoma.
 
É importante realizar check-ups com frequência, ficar atento ao controle da pressão ocular e não usar colírios sem orientação médica. A pressão dos olhos pode alterar de acordo com algumas modalidades nas rotinas de exercícios. Por isso, é mais que importante informar o médico sobre todas as atividades que pratica e ver se elas não podem afetar negativamente um possível glaucoma.
 
Em cada situação os sintomas variam muito, mas os incômodos que geralmente precedem a perda de visão são dor ocular e de cabeça intensas, olho avermelhado, visão enevoada, dificuldade de enxergar e visualizar cores em volta da luz.
 
Quanto mais precoce o diagnóstico mais fácil fica evitar a perda de visão. Ressaltando que se o médico suspeitar de glaucoma, após um exame de rotina da avaliação ocular, ele fará uma avaliação completa e específica. Evitando assim a mais temida das consequências, a perda da visão. Vale lembrar, entretanto, que a visão central é normalmente a última a ser perdida. Antes disso, muitas pessoas desenvolvem visão de túnel, ou seja, enxergam perfeitamente o que está à sua frente, mas ficam sem ver em todas as outras direções.
 
Finalizando, estamos falando de uma questão crônica e sem cura, mas que pode ser controlada na maioria dos casos, a pressão intraocular pode regredir e fazer com que o ritmo da doença seja diminuído. Geralmente, o tratamento é à base de colírios para glaucoma, além das condições de saúde individuais que podem ser o causador desse aumento de pressão, como o controle do diabetes, por exemplo. Tratamentos a laser, cirurgias e uso de pílulas e remédios também podem fazer parte do tratamento para o glaucoma. Mas a principal recomendação é a prevenção, portanto mantenha em dia as visitas com seu “oftalmo” e enxergue a vida da cor que ela é.
 
Até o próximo sábado!


Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
 
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