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22/05/2021 às 08h00min - Atualizada em 22/05/2021 às 08h00min

Será que sexo e coronavírus têm relação?

TÚLIO MENDHES

Ah sejamos sinceros que lá naquele cantinho da sua cabeça, onde você guarda os pensamentos mais íntimos, sórdidos, ardentes entre outros... Você já tenha pensado nessa possibilidade, mas não ousou questionar.
 

Pois bem, por eu ter pensado a mesma coisa, decidi compartilhar tudo sobre o assunto aqui no Papo Saudável do Diário. Mas pra isso, precisamos organizar nossos pensamentos a respeito e separar o que é mito e o que é pode ser verdade, e também separar nossa opinião como reles mortais, da opinião dos deuses da medicina no Olimpo.
 

O primeiro fato que há dois anos, abrimos mão e temos feito adaptações em nossas rotinas e costumes por conta do covid-19 (coronavírus). Seus efeitos tem impactado a maneira que nos relacionamos – estamos mais distantes, abraçando menos, beijando menos, não podemos compartilhar com nosso parceiro aquele “dogão” vendido pelo tiozinho na frente da faculdade. Falando em faculdade, aquelas aulas super-rigorosas que reprovam por falta, hoje são elas que estão em falta com os alunos. Enfim, o coronavírus veio inaugurar uma nova era – infelizmente a custo de vidas de milhares de brasileiros inocentes somado a milhões de pessoas mundo afora. 
 

Jamais ignorando o caos instalado vivido no presente... merecemos nesse sabadão dar uma fungada no cangote do “mozão”, mas conscientes das consequências que o covid pode causar na hora de fazer a jiripoca piar. Tranquilo?
 

Pois bem... Sabemos que as relações sexuais são muito importantes para manter nossa saúde mental e consequentemente, nossos relacionamentos afetivos. No entanto, devido ao distanciamento social e às medidas protetivas por causa da pandemia, o medo tem feito com que muitas fake news eclodissem na internet, portanto algumas perguntas ficam no ar, por exemplo: É seguro continuar mantendo relações sexuais com a parceira ou o parceiro? O sexo casual deve ser evitado? O coronavírus pode ser transmitido pela relação sexual? Entenda comigo.
 

Sabemos que o coronavírus é transmitido, principalmente, por meio de gotículas de saliva. Já no que diz respeito ao sexo, não há ainda nenhuma comprovação da transmissão do vírus. Todavia, até o momento o que se sabe, é que o vírus foi encontrado no muco vaginal e no sêmen. Apesar disso também é sabido que, não há riscos de transmissão pelas mucosas do pênis. Já a relação sexual entre mulheres, onde o sexo oral é bem praticado, ou seja, o contato da saliva com a mucosa vaginal – aí sim o risco de contaminação é muito alto. O sêmen, apesar de conter o vírus, não incita risco de contágio por essa via. Apesar da falta de evidência científica, é fácil encontrar na internet inúmeras teorias e especialistas concordando que a atividade sexual deve ser restrita. Posto que não existe nenhum manual de instrução para a hora H durante essa pandemia. 
 

Sejamos racionais e concordemos que vivendo a dois com seu “chuchuzinho” partilhando do mesmo ambiente, a situação não se altera em nada. Por outro lado, em algum momento se um dos dois apresentar qualquer sintoma de covid-19, IMEDIATAMENTE o outro se torna obrigado a adotar a distância social e isolar-se, mesmo dentro de casa. Contudo, os “aventureiros” que procuram parceiros sexuais online, profissionais do sexo, que saem a “caça” nas baladas e barzinhos noturnos, deve-se ao máximo evitar manter qualquer tipo de contato próximo - principalmente sexo.
 

Em tempos de covid-19, a imaginação e a masturbação são as principais armas na hora do sexo. Existem várias formas de contemplar a sexualidade, sem o contato direto com o outro. Além do sexo virtual, o que mais você propõe? Dê asas à imaginação! 
 

O ideal mesmo é que nesses tempos de pandemia, TODOS deveriam estar mantendo os dois metros de distância, usando máscara e constantemente com as mãos e objetos devidamente higienizados com álcool. Falando em mãos e objetos lembrei-me do quanto o autoerotismo pode e deve ser mantido, afinal não contraria nenhuma das restrições sexuais. Sem esquecer que a prioridade é adotar as medidas de prevenção contra o coronavírus. Em vez de apenas aplaudir campanhas, de compartilhar colunas como essa, assistir entrevistas e acompanhar rodas de conversa sobre esse assunto... É hora de agir, de “sossegar o facho”, “tirar o cavalinho da chuva”... e mandar ver uai.


* Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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