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18/04/2020 às 12h47min - Atualizada em 18/04/2020 às 12h47min

Vacinação da Gripe – Campanha 2020

TÚLIO MENDHES
Em sua 22ª temporada, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe segue mais forte do que nunca. Só para 2020, o Ministério da Saúde encomendou ao Instituto Butantan, órgão responsável por fabricar as vacinas, mais de 75 milhões de doses. A meta é proteger ao menos 67 milhões de brasileiros. Mas o que é a vacina da gripe? Quais vacinas existem contra a gripe? A vacina imuniza o resfriado? Imuniza também o novo coronavírus?  Quais suas contraindicações? Quem pode se imunizar em 2020? Essas dúvidas são as mais questionadas quando o assunto diz respeito à campanha nacional de vacinação contra a gripe. O cúmulo de tudo é que mentiras ou popularmente as “fake news” se espalham rapidamente pelas redes sociais. Por isso trouxe para a coluna de hoje um “resumão” bem prático sobre essa vacina tão importante, principalmente durante essa turbulência de pandemia. Bom, então vamos lá.
Pra começar as vacinas da gripe são trivalentes, ou seja, imunizam contra três tipos de vírus diferentes. A composição da vacina é recomendada anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que monitora constantemente quais as cepas do vírus influenza que estão circulando com mais frequência nos países. Com base nas informações recebidas, a cada ano a vacina da gripe muda. Isso ocorre porque o agente infeccioso sofre mutações constantes, interferindo na eficácia das doses, assim são realizados os ajustes necessários na composição da vacina, justamente para proteger contra os tipos mais comuns de vírus da gripe.
Existem  dois tipos de vacinas contra a gripe, a trivalente e a quadrivalente. A primeira possui os dois tipos da influenza A (H1N1 e o H3N2) e um vírus da influenza B. A quadrivalente possui dois subtipos do vírus influenza. São dois subtipos A, normalmente o H1N1 e o vírus da gripe sazonal (H3N2) e dois subtipos B que dependem do vírus circulante no ano anterior como explicado acima. A vacina trivalente é distribuída na rede pública, pelo SUS. A quadrivalente é distribuída e comercializada na rede privada.
Tanto a vacina trivalente quanto a quadrivalente, é contraindicada para pacientes com doenças  não diagnosticas e para pessoas que ao serem imunizadas apresentaram reações anafiláticas e alérgicas gravíssimas.
Devem ser vacinadas prioritariamente todas as pessoas com 60 anos de idade ou mais, os reforços devem ser anuais. Entretanto, no Brasil o calendário de 2020 da campanha nacional de vacinação contra a gripe foi ampliado e fracionado em três etapas e com públicos prioritários diferentes. Na primeira etapa que aconteceu no dia 23 de março, o público alvo foram os idosos e os trabalhadores da saúde. Na última quinta-feira (16), o público alvo que está sendo imunizado são todos os profissionais das forças de segurança e salvamento, para os pacientes com doenças crônicas como diabetes, asmas, hipertensão, pessoas privadas de liberdade, caminhoneiros, professores da rede pública e privada; e os indígenas. A última etapa será no dia 9 de maio, essa fase é conhecida como o dia “D” que estenderá o público para crianças de seis meses a menores de seis anos, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, os idosos de 55 a 59 anos, pessoas com deficiência, gestantes, as mulheres com até 45 dias pós-parto, conhecido popularmente como “resguardo” e clinicamente são as “puérperas”. No dia D todos os funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade também serão imunizados.
A vacinação ainda desafoga os prontos-socorros que vão ter menos pacientes com gripe e mais espaço para o surto da Covid-19. Gente é importante saber que a vacina da gripe não “protege” contra o novo coronavírus - Covid-19, até porque são agentes infecciosos bem distintos. Portanto, é imprescindível que todos sigam as recomendações da OMS como lavar as mãos com água e sabão frequentemente, evitar aglomerações, cumprimento com apertos de mão, beijos e abraços e ambientes fechados.
Por hoje é isso. Espero-te no próximo sábado!


Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.


 
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