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21/03/2020 às 08h30min - Atualizada em 21/03/2020 às 08h30min

Em tempos de COVID-19 qual a importância da higienização das mãos?

TÚLIO MENDHES
Devido à origem do coronavírus, autoridades, organizações de saúde e cidadãos no mundo inteiro encontram-se vigilantes e empenhados em dizimar essa pandemia. A fugaz transmissão da COVID-19 impõe a indispensabilidade de praticarmos uma série de cuidados para prevenirmos o contágio. Em um cenário estendido, tudo está refletido na frágil harmonia entre o individual e o coletivo. Assim, entre as prevenções cruciais, temos a assepsia (higienização) das mãos. É de conhecimento geral que a prevenção de doenças está em nossas mãos, por isso devemos ter o hábito de higieniza-las, evitando uma série de infecções e outras contaminações salvando muitas vidas.

A assepsia das mãos engloba tanto o uso de água e sabonete quanto a aplicação de manipulações alcoólicas em solução ou gel. Em nossa realidade, usamos as mãos praticamente para tudo que exercemos, manipulamos e nossa pele é um receptáculo, ou seja, um reservatório de inúmeros micro-organismos. Através do contato direto – pele com pele, ou o contato indireto que é quando tocamos em utensílios, locais e superfícies infectadas, esses microrganismos podem se multiplicar transferindo de uma superfície para outra. As mãos são transmissoras eficazes para a difusão de infecções e bactérias. De acordo com orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o ato de lavar as mãos corretamente impede o risco de transmissões cruzadas de micro-organismos, entre eles, o coronavírus (Covid-19). Mas quando e qual é a forma correta para higienizarmos as mãos? Qual a importância desse ato?

Bom, existem diversas ocasiões em que a higienização de mãos é indispensável: ANTES, DURANTE e DEPOIS como na manipulação de qualquer alimento. Antes de pegar, tocar em qualquer objeto que o bebê possa colocar na boca. Antes e depois de auxiliar, cuidar, pegar numa pessoa doente. Antes e depois de cuidar de qualquer lesão, ferimento. Depois de coçar o nariz. Depois de tocar no lixo. Depois de usar o banheiro. Antes e depois de se alimentar. Após a troca de fraldas de uma criança ou adulto que necessite fazer uso. Após manipular a ração ou brinquedos de seu cachorro, gato. Depois de tocar, limpar ou alimentar um animal. Entre outras coisas que fazem parte do nosso dia a dia.

Lembrando que nada além de água e sabão pode substituir a higienização das mãos que deve durar mais ou menos um minuto. O que pode auxiliar nesse processo são as substâncias antissépticas como o álcool em gel ou solução, mas ressaltando que é apenas para complementar o procedimento. Outra coisa, o ideal é também higienizar as unhas, o dorso das mãos, entre os dedos, a polpa digital para que se tenha uma lavagem completa. Uma coisa que todo mundo precisa saber, praticar e compartilhar é a informação para que antes d​e iniciar a higienização deve-se tirar joias como anéis, pois esses objetos acumulam micro-organismos. Para o pessoal que prefere espalhar álcool comum nas mãos, saibam que isso não é aconselhado, pois pode causar ressecamento e microfissuras, o que colabora para a colonização de vírus e bactérias. Os produtos a base álcool em gel ou solução são as mais recomendadas, pois contêm emolientes e concentração média de 70% de álcool, o que é perfeito como agentes bactericidas.

O ato de lavar as mãos constantemente é definitivamente essencial para prevenir a contaminação da COVID-19. Entretanto, outros cuidados básicos podem reduzir o risco de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Por exemplo, manter limpo e desinfetado os objetos como celulares, canetas, fones de ouvido e superfícies tocadas com frequência, evitar tocar os olhos nariz e boca com as mãos não higienizadas, sempre cobrir com um lenço de papel o nariz e a boca ao espirrar ou tossir. A lavagem das mãos exige disciplina. Por fim, mantenha as mãos limpas evitando uma série de infecções e salvando vidas, inclusive a sua. Para hoje é isso. Te espero no próximo sábado!


*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.









 
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