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15/03/2020 às 09h00min - Atualizada em 15/03/2020 às 09h00min

O consumo de frutas para quem tem Diabetes

TÚLIO MENDHES

O diabetes é uma doença crônica, que pode levar a complicações graves se não for realizado o tratamento adequado e também exige que a pessoa tenha uma série de cuidados com a alimentação. Estima-se que o problema de saúde atinja cerca de 8,9% dos brasileiros. Quando se é diagnosticado com a doença, é fundamental seguir o tratamento indicado pelo médico. Isso porque quando existe um quadro de diabetes não controlado, os níveis de glicose no sangue aumentam. Se isso permanecer por bastante tempo, podem ocorrer problemas como danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos do organismo. O tratamento da condição é a manutenção de uma vida saudável, com o controle da glicemia.

Conviver com o diabetes exige um olhar mais cuidadoso em relação a alimentos ricos em açúcar. Isso porque a doença é marcada por uma maior dificuldade em convertê-lo em energia, e sua sobra na corrente sanguínea é capaz de disparar inúmeros problemas. De olho nisso, uma porção de diabéticos tem medo de consumir frutas. Por mais que sejam classificadas como alimentos saudáveis são riquíssimas em vitaminas, minerais e fibras que limitam a absorção de glicose por parte do corpo e ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue. Uma dúvida constante é: quais as frutas que diabéticos pode consumir?

A resposta é simples. Desde que em pequenas quantidades, todas as frutas podem ser consumidas, pois assim não estimulam o aumento do açúcar no sangue. Em geral, recomenda-se consumir de 2 a 4 unidades por dia, lembrando que 1 fruta fresca média contém entre 15 e 20g de carboidratos, o que também é encontrado em ½  copo de suco ou em 1 colher de sopa de frutas secas. Ou seja, as frutas podem e devem fazer parte da dieta do diabético no lugar de outras fontes de carboidratos como amidos, grãos e produtos laticínios. Por exemplo, elas podem compor o prato de uma refeição na forma de um pedaço pequeno de fruta ou em ½ xícara de salada de frutas, no lugar das fatias de pão, biscoitos ou bolo, outras fontes de carboidratos. Entretanto, algumas frutas devem ser consumidas, digamos com mais moderação justamente por conterem mais carboidratos ou por terem menos fibras, o que facilita a absorção do açúcar no intestino. Os principais exemplos são tamarindo, pinha, banana, jaca, figo e polpa de açaí. Em relação à contagem de carboidratos, a conta é bem simples e não exige nenhum tipo de calculadora super especial, afinal, o importante é ter CONSCIÊNCIA da quantidade da fruta que se pretende consumir. Uma maçã inteira, uma pera, 10 morangos, uma generosa fatia de melão, um cacho de uvas? E por aí vai. Lembre-se da regra básica que deu início a este parágrafo, “desde que em pequenas quantidades, todas as frutas podem ser consumidas”.

Antes de selecionar as queridinhas da feira, converse com seu médico e nutricionista pedindo orientação na hora de montar o seu cardápio, solicite mais informações sobre quais e como podem ser consumidas e sobre a quantidade indicada tendo em vista o que é mais adequado para o seu caso, sua saúde e bem-estar. Algumas sugestões podem ser o abacate, que quase não contém açúcar e por ser rico em uma gordura aumentando o bom colesterol. Rica em compostos que estimulam e aceleram a liberação de insulina que melhoram a síntese de glicose, temos a amora. A maçã é rica em pectina, uma fibra solúvel que retém água e carrega parte dos açúcares direto para o intestino. A cereja concentra muitos flavonoides com alto poder antioxidante, anti-inflamatório, antiviral, antialérgico, etc. Por ser rico em ácidos graxos e ácido láurico, o coco é um importante combatente de bactérias e fungos, por isso é uma boa pedida para quem tem diabetes, além de ser um alimento que reduz a carga glicêmica, especialmente quando combinada com outras frutas ou carboidratos.

Frutas ricas em carboidratos, como uva, figo e frutas secas não são recomendadas para quem tem diabetes porque elas contêm muito açúcar aumentando as chances de picos de glicemia.
 
 *O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.





















 

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