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11/04/2018 às 10h42min - Atualizada em 11/04/2018 às 10h42min

​Finanças para casais

REINALDO DOMINGOS | EDUCADOR FINANCEIRO
 
Quando falamos de finanças para casais, é importante cuidado para evitar brigas, o que é muito comum. Percebo que para grande parte dos casais ocorre o desconhecimento do valor do salário do companheiro ou mesmo de como ele gasta tais valores.  Essa informação é bastante preocupante, já que demonstra uma grande possibilidade de problemas relacionados ao dinheiro no futuro. Isso porque a primeira dica em relação ao tratamento do dinheiro do casal é sempre muito diálogo.

Mas, qual a saída para evitar problemas? O mais adequado é construir um orçamento familiar baseados nos sonhos e objetivos da família. Também é muito importante que ocorra o quanto antes a definição de regras financeiras a serem seguidas, como quem paga o quê. Contudo, essas regras devem ser alvos de constantes reavaliações.

Para o casal, algumas questões se mostram fundamentais, como a questão de como se dará a divisão das contas. É possível ter uma conta conjunta para que esses compromissos sejam pagos. Porém, acredito que seja interessante avaliar a possibilidade de cada um ter sua conta corrente, definindo os limites, pois cada um pode ter seus próprios gastos.

Já quando o assunto é investimento, esse deve ser feito em conjunto, pois, assim, se poupa mais dinheiro e obtém melhores resultados. Só deve ser tratado de forma diferenciada a questão da aposentadoria, já que esse investimento deve ser separado para cada um, lembrando que, quem não construir sua aposentadoria, um dia, terá que pedir dinheiro para alguém, certo? 

O segredo, então, é colocar tudo na mesa, nunca esquecendo que o assunto mais importante a ser conversado não são as despesas, e sim os sonhos e desejos individuais e coletivos. É muito comum os sonhos serem deixados de lado, mas, acredite, esse é um erro capital de milhões de casais.

É importante estar atento, colocando sempre, no mínimo, três sonhos – curto (até um ano), médio (de um a dez) e longo prazo (acima de dez anos) –, todos acompanhados de informações básicas, como quanto custa e quanto será guardado mensalmente. Caso contrário, não serão sonhos, e sim verdadeiros pesadelos para os casais, podendo “esfriar o relacionamento”.

É preciso reforçar que, mesmo tendo contas separadas, quando se opta pelo casamento, é preciso não discriminar quem ganha mais ou menos. Trata-se de uma família e, neste caso, a receita deve ser pensada e somada para todos que dela participam. Assim, se deve definir um limite de gasto para cada um e fazer com que ele seja respeitado. Caso isso não ocorra, deverá ser motivo de diálogo.

Recomendo reuniões frequentes entre o casal para debater as finanças, porém, diferente do que ocorre muitas vezes, esse não deve ser um momento de tensão, mas sim de projeção.
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