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22/10/2024 às 14h15min - Atualizada em 22/10/2024 às 14h15min

Uberlândia Esporte volta a discutir implementação de SAF

Clube teve reunião com empresa especialista no processo na noite desta segunda (21)

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Reunião contou com membros do Conselho Deliberativo do clube I Foto: Welton Neves/UEC

A possibilidade de transformar o Uberlândia Esporte Clube (UEC) em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) voltou a ser discutida na noite desta segunda-feira (21), durante uma reunião realizada pela diretoria da equipe. Entre os principais pontos abordados durante o encontro, estavam a preservação da identidade do clube, mecanismos de decisão, além de perspectivas para o cenário atual do Verdão. As conversas para a implementação da SAF no clube começaram em janeiro de 2023.

O encontro foi liderado pelo economista Fernando Ferreira, fundador da "Pluri Sports Capital", empresa que atua no processo de transformação em SAF. Atualmente, a corporação trabalha com 14 clubes de futebol brasileiros, atuando na atração de investidores, reestruturação financeira, imobiliária e patrimonial. Os times que contam com o serviço da Pluri são o Juventude (RS), Vila Nova (GO), Náutico (PB), Paraná (PR), Botafogo (PB), CSA (AL), Sampaio Corrêa (MA), Treze (PB), São Bento (SP), Caxias (RS), Grêmio Esportivo Brasil (RS) e Joinville (SC).

Durante a reunião, a Pluri falou sobre o potencial de crescimento do futebol brasileiro nos últimos anos, além de apresentar ganhos com negociações de atletas, patrocínios, dinâmicas das SAFs, estudos de caso de clubes importantes do país que se transformaram em uma Sociedade Anônima do Futebol, além das oportunidades para o Verdão. Novas etapas do processo de implementação da SAF devem ser discutidas ainda nos próximos meses.

PONTOS DA SAF
Um dos pilares do encontro foi a discussão sobre como o clube pretende manter o controle sobre questões fundamentais, como marca, símbolo, cores e localização. De acordo com o documento apresentado pela Pluri, decisões consideradas sensíveis ao clube serão tomadas com o aval total dos sócios do clube, garantindo que qualquer mudança significativa somente seja aprovada mediante o consentimento da comunidade associativa.

A Pluri também citou as etapas para a implementação de uma Sociedade Anônima do Futebol. O primeiro ponto do passo de transformação de um time em SAF é realizar o trabalho de avaliação, abrangendo o fluxo de caixa, valor do elenco e potencial da torcida. Na sequência, são realizadas reuniões e conversas com os tomadores de decisão do clube, com o objetivo de identificar as necessidades e conduzir a equipe a um caminho que alinhe os interesses do clube às expectativas e oportunidades do mercado.

Dada a largada no processo de implementação da SAF, cabe à empresa avaliar interessados e fazer um mapeamento para viabilizar a operação. A partir disso, é feita a prospecção de potenciais investidores. A última etapa é a estruturação, quando há o fechamento do acordo e a aprovação da oferta pelo Conselho Deliberativo do clube.

SAF
A Lei da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) entrou em vigor no Brasil em agosto de 2021. O projeto permite que os clubes de futebol se transformem em empresas S.A. A implementação da SAF tem ganhado repercussão no país após times tradicionais aderirem à ideia, tais como o Vasco da Gama, o Botafogo e o Cruzeiro, que hoje é comandado pelo ex-jogador Ronaldo Fenômeno.

Com o projeto, clubes de futebol vão poder passar não apenas a ter lucros, mas também a receber recursos de investidores, vender ações e, em caso de endividamento, vão poder acionar a lei de falências, o que pode ajudar na recuperação judicial ou extrajudicial. Além disso, a SAF prevê o recolhimento de impostos, algo que os clubes com formatos tradicionais são isentos.

A migração dos times do formato de empresas para Sociedade Anônima não é obrigatória e cada clube pode escolher seu formato de gestão. Ao sancionar a lei no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro vetou alguns trechos, incluindo os que impactavam na arrecadação de impostos, como limitar o pagamento mensal à Receita Federal a 5% pelos próximos cinco anos e a isenção de impostos sobre a venda de jogadores.


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