A empresa Aena Desarollo Internacional, vencedora da concessão do Aeroporto de Uberlândia, anunciou que vai assumir o controle do aeródromo no dia 10 de outubro. Desde junho, a multinacional tem feito o processo de transição da gestão aeroportuária, que conta com várias etapas.
O primeiro passo foi a apresentação dos planos operacionais, de treinamento de pessoas e a comunicação com a comunidade aeroportuária, que engloba todas as empresas que atuam nos aeroportos e seus colaboradores. Depois disso, foi realizado o período de operação assistida, ocasião em que a concessionária atuou em conjunto com os atuais gestores da Infraero.
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O Aeroporto de Uberlândia será o primeiro do conjunto de aeródromos arrematados pela Aena a ser controlado pela empresa. O contrato, assinado em março, prevê 30 anos de administração pela multinacional espanhola. A estimativa é que somente o aeródromo de Uberlândia receba um investimento de R$ 430 milhões durante o período da concessão.
Até o dia 30 de novembro, os outros 11 aeroportos passarão a ser geridos pela multinacional, conforme o cronograma abaixo:
• 10/10 – Uberlândia (MG)
• 13/10 – Campo Grande (MS)
• 17/10 – Congonhas, em São Paulo (SP)
• 07/11 – Ponta Porã (MS)
• 10/11 – Corumbá (MS)
• 13/11 – Uberaba (MG)
• 16/11 – Montes Claros (MG)
• 21/11 – Marabá (PA)
• 24/11 – Carajá (PA)
• 27/11 – Santarém (PA)
• 30/11 – Altamira (PA)
RELEMBRE
A concessão do aeroporto de Uberlândia foi alvo de um impasse em outubro do ano passado, após o Ministério Público Federal (MPF) mover uma ação na Justiça, solicitando a suspensão da concessão do espaço. Segundo o órgão, foram constatadas irregularidades no processo licitatório do aeródromo, que já havia sido leiloado à iniciativa privada em agosto.
Dentre os itens citados pelo MPF, estava o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) do aeroporto, que apresentou inconsistências que macularam o processo licitatório. O levantamento teria indicado um Valor Presente Líquido (VPL) negativo para os três aeroportos que compõem o bloco de Minas Gerais.
Outra inconsistência apontada diz respeito ao não atendimento das necessidades de atendimento logístico de Uberlândia, bem como a não retratação da situação econômica atual e para os próximos 30 anos da cidade. Segundo o MPF, há ausência de previsão de internacionalização do aeroporto e outros investimentos para a ampliação de sua capacidade operacional, como a implementação de um terminal de cargas de ampliação de estrutura para pouso e decolagem de aeronaves de grande porte.
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