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17/01/2023 às 11h50min - Atualizada em 17/01/2023 às 11h50min

Represa com risco de rompimento em Campina Verde começa a ser esvaziada

Laudo técnico apontou risco iminente de rompimento na barragem do Bicano

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Procedimento deve durar de 6 a 10 dias; moradores foram retirados da região I Foto: Prefeitura de Campina Verde

A Prefeitura de Campina Verde (MG) iniciou, nesta segunda-feira (16), o processo de esvaziamento da represa do Bicano. Nos últimos dias, um laudo técnico apontou o risco iminente do rompimento da barragem, com alto grau de perigo para moradores e animais que vivem na região. O procedimento deve ser finalizado em até 10 dias. A barragem possui uma área de aproximadamente 10 hectares de lâmina d'água e está localizada no Assentamento Campo Belo.

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De acordo com o prefeito Helder Paulo Carneiro, uma empresa de engenharia especializada foi contratada para fazer a análise da barragem do Bicano. O laudo apontou alto índice de rompimento. Em vídeo gravado, o chefe do Executivo afirmou que a sondagem indiciou que o solo sob a represa está "podre", não apresentando nenhuma resistência. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de Uberaba foram acionados para realizar a interdição das redondezas, bem como da estrada que dá acesso ao Assentamento Campo Belo que fica próximo à represa.

A Superintedência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) formalizou um acordo com a Prefeitura de Campina Verde para realizar o projeto de recuperação da barragem. O especialista contratado para a elaboração do projeto, no entanto, concluiu que a barregem não tinha estabilidade e deveria ser desativada. As três famílias do assentamento foram retiradas do local e estão na casa de parentes na cidade.

"Já retiramos os moradores e estamos interditando a estrada, viabilizando rotas alternativas e agora iniciaremos o processo de esvaziamento da represa. Segundo o laudo, não tem como fazer obras de reparo. A saída é esvaziar a represa, as obras já vão começar de imediato e devem durar de 6 a 10 dias para fazer um processo seguro", disse.

O caso começou no início da gestão de Carneiro, quando uma ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) cobrava providências com relação à barragem do Bicano. As tratativas ocorreram junto ao Incra, uma vez que a área do assentamento é da União. Agentes do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) também se deslocaram para a região para realizar vistorias e serviços de esvaziamento da represa.


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