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25/03/2024 às 09h50min - Atualizada em 25/03/2024 às 09h50min

Dono de chácara relata infestação de sucuris em Tupaciguara

Corpo de Bombeiros capturou três animais em um período de 12 dias

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Todas as cobras capturadas são machos, levantando a suspeita de que uma fêmea pode ter atraído as sucuris para a região I Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Uma chácara localizada no bairro São Vicente, em Tupaciguara (MG), tem vivido dias atípicos nas últimas semanas. No dia 9 de março, uma sucuri com aproximadamente três metros de comprimento foi encontrada dentro do encanamento da propriedade. No dia 21, uma segunda sucuri com dois metros e meio foi localizada dentro de um tanque de água no mesmo imóvel. Já no dia 22, uma terceira cobra da mesma espécie foi capturada no quintal da propriedade.

Devido à infestação de sucuris no mesmo local, o Corpo de Bombeiros foi acionado para fazer a captura do animal silvestre. Em contato com um biólogo, foram observadas algumas características para o surgimento das sucuris na chácara. Em primeiro lugar, a região é considerada um habitat natural das sucuris, favorecido pela presença de vegetação nativa e um córrego nos arredores da propriedade.

Ainda de acordo com o biólogo consultado, a oferta de alimento, como as galinhas e patos criados na chácara, também pode atrair as serpentes. Outro ponto abordado pelo especialista é que conforme as análises das fotos e filmagens indicaram, as serpentes capturadas são machos, sugerindo que estavam em busca de uma fêmea da espécie, para acasalamento. As sucuris não se reproduzem todos os anos, somente uma vez a cada dois ou mais anos. Elas passam o ano acumulando reservas para o próximo período reprodutivo.

Normalmente, a fêmea se fixa na cabeceira do rio durante o período de reprodução, liberando feromônios que atraem os machos. Estes, por sua vez, se deslocam atrás da fêmea, formando "bolos" de reprodução, se enrolando ao redor da fêmea, e se dispersam após o acasalamento. Portanto, é bastante provável que a fêmea, geralmente caracterizada por ser maior e mais corpulenta que os machos, esteja próxima da região onde as serpentes foram encontradas.

Diante dessa situação, o Corpo de Bombeiros está em contato com a Polícia do Meio Ambiente e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente para planejar ações de prevenção e segurança que podem ser adotadas neste caso, como a visita aos proprietários das chácaras da região avisando sobre a situação inusitada. 
 

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