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04/08/2022 às 11h30min - Atualizada em 04/08/2022 às 11h30min

Sete meses após abertura de cratera no asfalto, trecho do Anel Viário Sul aguarda finalização de obras

Estrada da LMG-503 cedeu após fortes chuvas em dezembro de 2021; situação gera transtornos a motoristas e moradores da região

IGOR MARTINS | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Local conta com placas de obras, mas não tem maquinários e funcionários trabalhando na via | Foto: Igor Martins

A cratera que se abriu no Anel Viário Sul de Uberlândia, no trecho da LMG-503, continua impedindo o trânsito da via e causando transtornos a moradores da região e motoristas que trafegam pelo local diariamente. O asfalto cedeu após uma forte chuva que atingiu a cidade em dezembro de 2021 e, desde então, uma parte da estrada segue interditada e as obras estão paradas.

O Diário esteve no local na manhã desta quarta (3) e verificou que o perímetro da cratera conta com placas que comunicam sobre o trânsito interrompido e outras que sinalizam obras, mas não havia maquinários ou funcionários trabalhando no local

No início do mês de julho, o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) iniciou os serviços preliminares de limpeza e preparação da LMG-503, ações que antecedem as obras definitivas. Na época, o órgão disse que os estudos técnicos estavam na fase de finalização. A previsão do DER era de que os trabalhos durariam cerca de três meses. 

A interdição da estrada começa no trevo com a avenida Vereador Carlito Cordeiro, sentido bairro Laranjeiras, até o trevo de acesso ao bairro São Jorge, pela avenida Serra da Bodoquena. Ao todo, são três quilômetros com passagem interrompida. 

Um morador da região, que preferiu não ser identificado, conversou com a reportagem às margens da estrada e afirmou que a interdição tem atrapalhado o deslocamento no dia a dia. Segundo o trabalhador, que reside no bairro Aurora, um trecho que era feito em 15 minutos pela estrada passou para no mínimo 30.

“É muito complicado. Eu vou para a região do Shopping Park todos os dias. Gastava entre 10 e 15 minutos, mas com a interdição da via eu preciso ir por dentro do bairro Laranjeiras e São Jorge. É muito trânsito, acaba que ficou muito mais movimentado porque todo mundo precisa fazer o mesmo trajeto”, disse.


O empresário André Alves da Silva também passava pelo Anel Viário Sul diariamente. O uberlandense é dono de um supermercado no bairro Shopping Park e contou que vai à Central de Abastecimento (Ceasa) todos os dias. Antes da interdição do trecho, ele demorava cerca de 15 minutos para acessar a BR-050 e hoje, esse tempo praticamente dobrou.


 

DESVIOS
A recomendação do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) sobre o deslocamento para veículos leves é entrar nas vias urbanas de Uberlândia. Já os veículos pesados devem utilizar a BR-050, BR-365 e a MGC-497. Apesar disso, André Alves da Silva, que utiliza uma carreta para carregar produtos, afirmou que tem encontrado dificuldades para se deslocar pelas vias recomendadas.

“A carreta passa muito carregada. Para chegar à Ceasa, eu preciso passar dentro do bairro, isso atrapalha muito. Além de perder tempo com o desvio, a gente também tem que escapar dos buracos. Tem dias que eu entro pelo São Jorge, tem dias que eu vou pelo Santa Luzia, então é uma situação que precisa melhorar”, relatou.

Quem também tem tido transtornos com a interdição do Anel Viário Sul é Rita Vilma Pereira da Silva. Ela reside no Shopping Park e passava pela estrada todos os dias para ir ao trabalho. Como o trecho permanece fechado, ela perdeu tempo de deslocamento e aumentou a duração das viagens em aproximadamente 25 minutos.

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Conforme relatado por Rita, trafegar pelos bairros São Jorge, Aurora e Laranjeiras tem sido uma tarefa difícil devido ao alto fluxo de carros que precisam passar na região devido à interdição da via. Outro problema enfrentado pela confeccionista tem relação com a dificuldade de conseguir uma corrida de aplicativo.

“Tem dias que eu saio do trabalho mais tarde e preciso pedir uma corrida de aplicativo. Está muito difícil, porque ao invés de ir pelo Anel Viário, eles precisam dar uma volta grande pelo bairro. Queria realmente saber porque a obra não está andando, não estamos em época de chuva e está tudo parado”, falou.

A produção do Diário de Uberlândia procurou o DER-MG e solicitou um posicionamento sobre o andamento dos trabalhos no local, mas até a publicação desta matéria não houve retorno. 

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