Uma das doenças que mais afeta a população de Uberlândia todos os anos, a dengue tem queda de registros considerável em 2020. Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), 2019 teve 31,4 mil casos prováveis da doença na cidade, enquanto esse ano, até 11 de agosto, são 1.727.
Mesmo com a queda no número de casos, o vereador Leandro Neves (PSD) apresentou, durante sessão desta quinta-feira (13) na Câmara, dois projetos que têm a intenção de reforçar o combate aos focos do Aedes aegypti e dar legitimidade às ações do Município.
Uma das propostas reafirma a responsabilidade dos proprietários de imóveis inabitados de manter o local sem focos do mosquito, adotando medidas como vedação completa dos ralos, vistoria das calhas e caixas d’água, manutenção de piscinas e realização de todas as condutas necessárias ao combate de possíveis focos do mosquito. A medida também responsabiliza as imobiliárias que administram imóveis.
“O Município vem realizando diversas ações preventivas, no entanto quando os agentes de zoonoses têm que fazer o trabalho em imóveis desocupados eles não conseguem. O Aedes aegypti é causador de diversas moléstias no ser humano, dentre elas a mais conhecida é a dengue. Também é de grande importância que a imobiliária assuma essa responsabilidade com os imóveis que estão sobre a sua administração”, disse o vereador na justificativa do projeto.
Outro projeto regulariza o procedimento de combate ao Aedes aegypti em imóveis não habitados, abandonados, demolidos ou que estejam em obras. Pela proposta, após autorização do proprietário do imóvel, agentes do Município realizam a limpeza do espaço e os custos dos serviços lançados no Cadastro Imobiliário.
Segundo o vereador, várias denúncias de imóveis abandonados com foco de proliferação de Aedes são feitas todos os dias no gabinete. “A presente propositura visa dar legitimidade a entrada dos agentes nos referidos imóveis, com a utilização dos meios e reforços pessoais estritamente necessários para a transposição de barreiras físicas que impeçam a entrada ao imóvel. É preciso resguardar à população o direito a saúde, pois esses imóveis se tornaram ambientes propícios para a proliferação de várias doenças”.
Os projetos foram encaminhados para análise da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, que deve dar o parecer sobre a legitimidade das propostas para serem levadas para votação no Plenário.
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