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03/01/2020 às 07h46min - Atualizada em 03/01/2020 às 07h46min

Produtoras podem ser a saída para artistas em busca de financiamento

Alternativa ajuda na produção e na distribuição de discos

ADREANA OLIVEIRA

É fato que a forma de consumirmos música mudou, o formato em que são lançadas mudou mais ainda, mas para os artistas, principalmente de segmentos mais underground ou independente, mais difícil do que gravar um disco é distribuí-lo e fazer com que circule, em forma de turnês que levem à sustentabilidade para as bandas.

Para quem busca conseguir algum apoio via leis de incentivo, por exemplo, é preciso ter dons que vão além dos artísticos. A burocracia, muitas vezes, desanima quem tem um bom trabalho com boas chances de financiamento e a saída para isso pode estar em buscar uma parceria.

No interior de São Paulo, em Sorocaba, há cerca de 20 anos Eliton Tomasi dava os primeiros passos como músico, jornalista e crítico e em 2008 veio a Som do Darma. A empresa de produção e gestão cultural entra no seu 12º ano de atividades com foco no que foi proposto em sua fundação: fornecer aos seus artistas a possibilidade de um gerenciamento de carreira, gestão, literalmente, ajudando a máquina a funcionar.

Neste ano, uma das apostas da SD é a Hammathaz, banda de thrash e death metal que no ano passado deu uma boa dose do que está por vir em seu álbum de estreia com o single "So it comes", com produção de Thiago Bianchi.

Junto à produtora bandas como a Ignispace conseguiram, no caso deles, o financiamento do álbum de estreia “The Inner Source” por meio do Programa de Ação Cultural (Proac) Municípios de Piracicaba (SP). E foi pelo Proac Editais que o Hellish War lançou “Wine of Gods” que traz na produção a assinatura de Chris Boltendahl, do Grave Digger.

Aqui do Triângulo Mineiro, a banda Uganga, que já está há mais de 20 anos na estrada com seu crossover de punk com metal, lançou “Servus”. O quinto álbum do grupo foi financiado pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Pmic) e ainda pelo alemão Wacken Foundation, graças à ação internacional da SD, e claro, comprometimento dos artistas com o material entregue.

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Para quem quer começar o ano vislumbrando boas possibilidades na carreira musical no cenário independente, no último ano destacaram-se, além da Som do Darma, projetos da Cena Cerrado, aqui de Uberlândia, lançando não só bandas de casa como Cachalote Fuzz, mas também gente de fora como o Nectarina (SP), que já soltou três singles do EP “Desfrute”, que sairá pela Cena Cerrado Discos.

Artistas da produtora circularam bastante no ano passado, chegando a festivais como o SIM, em São Paulo. O intercâmbio é um dos pontos mais fortes dessa galera.

Mas vale lembrar, para quem busca parcerias seja onde for, que sempre vale a pena pesquisar sobre as produtoras e aqueles que com ela estão envolvidos e principalmente ver se o perfil das mesmas dialoga com a sua proposta.








 

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