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23/12/2017 às 05h08min - Atualizada em 23/12/2017 às 05h08min

Apenas 8% consegue seguir dieta no Natal

DA REDAÇÃO

Manter a dieta nas festividades de final de ano não é tarefa fácil para quase ninguém. Um levantamento feito por médicos da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) mostrou que apenas 8% dos pesquisados informaram conseguir manter a dieta nessa época do ano, contra 37% que assumiram sair completamente da rotina e 55% que relataram que se permitem sair da dieta, mas buscam equilibrar os alimentos.

A pesquisa foi feita nos meses de novembro e dezembro, com 400 pacientes para avaliar o perfil comportamental deles nas comemorações do Natal. Participaram pacientes de 14 estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Alagoas, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná e Brasília.

O tempo despendido em mesa condiz muito com a quantidade de alimentos ingeridos. 41% disseram levar de duas a três horas entre a ceia e a sobremesa, 39% cerca de uma hora, 13% entre quatro e cinco horas, e 7% mais do que seis horas.

Em paralelo, 57% das pessoas afirmam ficar mais uma hora petiscando, 26% de duas a três horas, 9% de quatro a cinco horas e 8% mais do que seis horas. "Quanto mais tempo em mesa, maior a propensão a exagerar, pela exposição à comida e aos petiscos", ressalta Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Abran.

Para ele, se a pessoa não tem restrições alimentares, o importante é não proibir totalmente nenhum tipo de alimento ou bebida. "Vemos muitos pacientes que exageram nas festas de fim de ano e passam o ano seguinte inteiro tentando compensar os exageros. Há de que se entender que hábitos alimentares não mudam de uma hora para outra. Existem medidas que devemos aprender para a nossa vida", afirmou.

O exagero maior, segundo 46% dos pacientes, é na noite de Natal, seguido por 35% que mostraram abusar nos dois dias e 19% apenas no almoço. No dia após o Natal, a compensação relatada por 47% é encontrada em forma de redução alimentar, ou seja, diminuir o ritmo e comer menos. Além disso, a prática de exercícios foi lembrada por 29% dos pacientes, além de fazer jejum, por 7%. "As escolhas e substituições devem ser conscientes durante todo o ano. Se permitir é bom, mas saber as consequências é ideal para conseguir chegar à moderação", diz Ribas.

 

Alimentos e bebidas preferidos no Natal

Em relação aos alimentos favoritos do Natal, as tradicionais carnes brancas foram as mais lembradas, por 70% das pessoas, seguidas por frutas, castanhas e nozes (62%), saladas (59%), farofa (58%), salpicão (53%), arroz (51%), carnes suínas como leitão e pernil (38%), maionese (24%), e carnes vermelhas bovinas (14%). Como sobremesa, doces e frutas são os mais consumidos, por 45% dos pesquisados, seguidos por apenas doces, escolhidos por 34%, e apenas frutas, por 18%.

Quando questionados sobre opções mais saudáveis, os mais lembrados para a ceia são: salada especial (53%), sementes e cereais (27%), pães integrais (17%) e arroz integral (17%). Para 34% não existem opções saudáveis na ceia.

Na seção de bebidas, as alcoólicas são as mais pedidas, por mais de 50% das pessoas. Também foram mencionados água, por 41% delas, refrigerantes, por 29%, sucos naturais, por 23%, e água com gás (12%) e sucos industrializados (6%).

Sobre os tipos de bebidas alcoólicas, 38% consomem vinho tinto, 36% bebem espumantes, 18% cerveja, 5% uísque, e 3% vodca. Muitas das respostas comentavam que era quase incontável o consumo da bebida alcoólica.

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