Que o coração é o órgão responsável por cuidar do bombeamento do sangue para o corpo e que se trata de uma peça essencial para manter seu funcionamento, todos sabem. Se ele não trabalha, tudo para. Por isso, a preocupação em combater o alto índice de mortalidade quando o coração não realiza mais sua função, em casos de parada cardíaca. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% das pessoas morrem em razão de doenças cardíacas em todo o mundo. E, por isso, a importância de falar sobre elas.
A parada cardíaca é um desses problemas que podem levar à morte em minutos. As chances de recuperação e a presença ou não de sequelas neurológicas estão relacionadas com a eficiência e rapidez do atendimento.
De acordo com o cardiologista Ronaldo Vegni, a parada cardíaca é uma situação crítica em que o coração deixa de exercer sua função, interrompendo a circulação do sangue pelo organismo, e apresenta maior prevalência nos casos de infarto agudo do miocárdio ou de doenças cardíacas estruturais.
O tipo de arritmia que motivou a parada cardíaca - por exemplo, taquicardia ou fibrilação ventricular, situações em que o coração passa a bater excessivamente rápido ou apenas "treme" sem efetividade -, se identificado e adequadamente tratado com suporte pleno oferece as melhores chances de sucesso para a reversão do quadro
Segundo o médico, "quanto mais cedo houver busca por socorro e atendimento médico adequado, maiores serão as chances de salvar a vida", ressalta.
"O tempo de atendimento no hospital é só um dos fatores imprescindíveis para a recuperação do paciente que sofre uma parada cardíaca, mas deve estar aliado à informação para a população sobre a necessidade de procurar atendimento emergencial no menor tempo possível, logo após o início dos sintomas cardiológicos", reforça Vegni.
SAIBA MAIS
Sintomas e sinais de alerta
- Ritmo cardíaco muito acelerado
- Tontura e/ou perda súbita da consciência
- Dor forte no peito, no abdome superior e nas costas
- Falta de ar ou dificuldade para respirar
- Dor ou formigamento no braço esquerdo
- Palpitações intensas
Fatores de risco
- Quem já teve infarto agudo do miocárdio
- Portadores de insuficiência cardíaca avançada (coração com bombeamento fraco)
- Os que sobreviveram a uma parada cardíaca anterior
- Aqueles que possuem histórico familiar de parada cardíaca
Reanimação em 5 passos*
1. Reconhecer a parada cardíaca e ligar para o socorro médico imediatamente
2. Iniciar massagem cardíaca ritmada, comprimindo com as duas mãos cruzadas o tórax do paciente
3. Usar o desfibrilador automático externo (DEA) - disponível em áreas de grande circulação, para manipulação por leigos
4. Suporte médico - o ideal é que o socorro chegue em até 10 minutos
5. Cuidados após a ressuscitação - procedimentos realizados no ambiente hospitalar.
*Necessário treinamento básico