A ansiedade é um transtorno que afeta cada vez mais pessoas no Brasil e no mundo. Em seu grau extremo, pode comprometer o controle emocional e racional da pessoa, manifestando-se em crises de pânico agudo ou recorrentes. Neste artigo, abordaremos o descontrole emocional causado por crises extremas de ansiedade e suas consequências.
A pergunta que ecoa é: por que vivemos ansiosos? O mundo moderno, acelerado e repleto de estímulos visuais, sonoros, olfativos e gustativos, contribui significativamente para esse fenômeno. Somos bombardeados com uma quantidade imensa de informações diariamente — muitas delas fúteis, mas outras realmente importantes.
Além disso, somos constantemente cobrados por resultados, seja em nosso ambiente de trabalho, na vida pessoal ou no âmbito financeiro. Essa soma de fatores gera uma sobrecarga de estresse em nosso Sistema Nervoso Central, algo que nossos ancestrais não experimentavam.
Nas últimas sete décadas, no Brasil, as mudanças sociais e econômicas retiraram as pessoas do campo, onde, em sua maioria, levavam vidas mais pacatas, em harmonia com a natureza e com menos cobranças e informações a processar. Assim, nosso Sistema Nervoso Autônomo produz muito mais hormônios relacionados à ativação cerebral e muscular, como a adrenalina, do que o organismo de nossos bisavôs.
SINTOMAS DE UMA CRISE DE PÂNICO
Durante uma crise de pânico, que é um episódio intenso de medo ou desconforto, os sintomas podem ser debilitantes. Eles costumam atingir seu pico dentro de poucos minutos e incluem:
- Palpitações ou aumento da frequência cardíaca
- Sudorese excessiva
- Tremores ou agitação
- Sensação de falta de ar ou asfixia
- Dor ou desconforto no peito
- Tontura, vertigem ou sensação de desmaio
- Sensação de desrealização ou despersonalização
- Medo intenso de morrer ou de perder o controle
Esses sintomas podem ser tão intensos que muitas pessoas que os experienciam relatam a sensação de estar tendo um ataque cardíaco ou de estar perdendo a sanidade. Essa angustiante experiência é o que distingue um ataque de pânico de uma ansiedade regular.
DIFERENÇAS ENTRE ATAQUE DE PÂNICO E SÍNDROME DO PÂNICO
É crucial entender a diferença entre ataque de pânico e síndrome do pânico.
Um ataque de pânico é um evento único e pode ocorrer inesperadamente, sem uma causa aparente. Enquanto isso, a síndrome do pânico, definida por ataques recorrentes, envolve também o medo persistente de ter novos ataques, que pode levar à mudança de comportamento. Essa mudança inclui a evitação de situações em que a pessoa acredita que um ataque pode ocorrer, limitando assim o seu dia a dia e reduzindo a qualidade de vida.
A síndrome do pânico pode levar a outras complicações, como a agorafobia, que é o medo de estar em situações em que escapar pode ser difícil ou embaraçoso. Isso acarreta um ciclo vicioso, onde a pessoa se isola ainda mais, temendo possíveis crises.
No cenário atual, os desafios da ansiedade, dos ataques de pânico e da síndrome do pânico são questões relevantes que merecem atenção e compreensão. Cuidar da saúde mental é um fator essencial, tanto quanto cuidar da saúde física. A sociedade precisa promover um maior entendimento acerca dessas condições e oferecer apoio aos que sofrem com elas.
O tratamento pode envolver terapia cognitivo-comportamental, técnicas de relaxamento, práticas de mindfulness, e em determinados casos, medicação. A busca por uma vida equilibrada, onde o estresse seja minimizado e a saúde mental priorizada, é fundamental em tempos de sobrecarga emocional. Dessa forma, será possível não apenas reduzir a incidência de crises de pânico, mas também melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas que enfrentam esta batalha diariamente.
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