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01/08/2020 às 17h18min - Atualizada em 01/08/2020 às 17h18min

Trabalho híbrido deve ser a tendência pós-pandemia

PAULO SANT'ANNA
Já falamos bastante sobre a pandemia e os aspectos relacionados à tecnologia aqui na coluna e na semana passada eu li um estudo global, publicado pela consultoria americana Gartner, em que foi constatado mediante pesquisa que cerca de 80% das empresas estão se planejando para manter o modelo de trabalho remoto quando a pandemia passar. Estamos chegando no quinto mês de pandemia, grande parte das empresas já conseguiram remodelar sua forma de trabalho, em alguns casos até seu modelo de negócio para poder continuar operando durante este período em que o isolamento é tão importante.

A força de trabalho já está acomodada em suas residências, as áreas de TI já estão conseguindo prover a estrutura necessária para que os líderes possam gerenciar os colaboradores remotamente de forma efetiva e controlada. A computação em nuvem é talvez a grande responsável por toda essa operacionalização para a continuidade dos negócios nas empresas. Como já comentei aqui também, muitas empresas ainda precisam aprimorar suas políticas de segurança, ainda mais nesse momento onde as tentativas de ataque crescem a cada dia.

Ainda segundo o estudo do Gartner, 82% dos líderes das empresas estão considerando permitir que após a pandemia os colaboradores trabalhem de forma hibrida, ou seja, parte em casa, parte no escritório e 47% devem permitir que a força de trabalho possa trabalhar de casa de forma permanente, o que pode ocasionar uma grande economia em aluguel de imóveis, compra de móveis de escritório e equipamentos de informática, entre outros custos que envolvem manter um escritório em funcionamento. Além de que com esse “novo normal” as empresas precisam se preparar para receber os colaboradores de forma segura, seguindo as recomendações e ao mesmo tempo não impactar o andamento do trabalho. Isso também tem um custo se pensarmos em máscaras, álcool gel, desinfetante, limpeza constante e etc.

A verdade é que muitos líderes, gestores e donos de empresas simplesmente descobriram que em certos casos, funções e situações simplesmente não precisam mais trabalhar fisicamente no escritório. As reuniões virtuais já são mais do que uma realidade, as pessoas já estão conseguindo atingir a maturidade no que tange à forma de lidar com o modelo de trabalho home office, com suas facilidades como, por exemplo, estar perto da família e no final do expediente já estar em casa ao invés de encarar um transito violento. Sem contar a economia também que se tem ao estar em casa. Estar “na rua” tem um custo, que dependendo da pessoa pode ser alto.

Definitivamente o home office não é para todos. Realmente não é. Muitas pessoas preferem estar no escritório, se concentram melhor, se sentem melhor, precisam sair. Eu acho muito interessante o modelo híbrido. Ele proporciona uma experiencia equilibrada ao colaborador, onde você tem dias que trabalha em casa remotamente e em outros você vai ao escritório, reencontra a equipe, faz as reuniões, sente a temperatura e o termômetro do que vem ocorrendo na empresa. No ponto de vista das empresas, o grande desafio é manter a cultura corporativa. Esse é o fator principal. Outro ponto importante é proporcionar aos colaboradores uma experiência de trabalho mais próxima possível do que a existente no escritório. Esse cenário é mais comum nas empresas de tecnologia.

Nesta semana, a Google anunciou que o home office será ampliado até julho de 2021. Aqui na cidade, por exemplo, a Zup Innovation, que foi recentemente comprada pelo Itaú, também já confirmou que os colaboradores só retornarão ao escritório quando houver alguma vacina e um ambiente seguro para o trabalho. Veremos como será o nosso “novo normal”.
 
CES 2021 será digital

Nesta semana, também tivemos um outro anúncio importante. Os organizadores da CES (Consumer Eletronics Show), que é considerada a maior feira de tecnologia do mundo, anunciaram que a edição do ano que vem que seria realizada em Las Vegas, nos Estados Unidos, será digital, seguindo a tendência dos outros grandes eventos que também foram cancelados para evitar aglomerações e evitar a disseminação da Covid-19. Todos nós, apaixonados por tecnologia, aguardamos a CES ansiosamente para conhecermos as novidades que virão para o próximo ano. Se por um lado não ter o evento presencial é ruim, por outro entendo que muitos não teriam a oportunidade de estar presencialmente e agora poderão assistir o evento e acompanhar os anúncios realizados pelos fabricantes em grandes conferências e palestras online que ocorrerão e tudo isso no conforto do seu lar.
 
Até a próxima coluna!




Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.



 
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