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08/03/2020 às 08h00min - Atualizada em 08/03/2020 às 08h00min

Serverless Computing

PAULO SANT'ANNA

Falar ou escutar sobre Cloud Computing ou computação em nuvem hoje em dia é mais do que natural mesmo entre aqueles que não são da área de TI. Nossos e-mails, documentos, fotos e demais arquivos atualmente estão armazenados pelos mais diversos serviços existentes nas mais variadas localizações no globo terrestre. A nuvem deixou de ser uma coisa futurística para se tornar algo corriqueiro, normal.

Uma empresa que vai ser criada hoje já nasce com todos os seus recursos tecnológicos baseados em serviços armazenados na nuvem. Microsoft, IBM, Google, Amazon entre outros oferecem arquiteturas robustas com diversos serviços e soluções baseadas em nuvem que podem atender toda e qualquer tipo de empresa, não importando seu tamanho ou quantidade de pessoas.

Quem se lembra dos famosos “CPDs”? Aquelas famosas salas geladas onde ficaram os servidores das empresas. O mercado já evoluiu, em muitos casos essas salas e essa estrutura custosa que era mantida internamente não são mais necessárias. Porém quando pensamos em nuvem, ainda pensamos em servidores, em quantos serão necessários para atender a capacidade de tal demanda ou projeto. Isso resulta no envolvimento de profissionais de infraestrutura, especializados em nuvem, que são os responsáveis por realizar o provisionamento desses servidores e manter esse ambiente com manutenções e monitoramento frequentes. Esse profissional é mais do que necessário em ambientes complexos e grandes de nuvem com uma infraestrutura mais robusta e uma grande quantidade de ativos para gerenciar.

Agora imaginem um cenário onde esse papel de gerenciamento e operação de servidores, que em ambientes pequenos e simples, é executado até mesmo pelos próprios desenvolvedores, deixa de ser necessário, pois é realizado pelo próprio provedor de serviços (como por exemplo as empresas citadas no início).

Eis que surge a “Serverless Computing”, ou “Computação sem servidor”, que é o modelo de computação em nuvem, onde os desenvolvedores não provisionam ou gerenciam os servidores nos quais os aplicativos são executados, podendo destinar o foco exclusivamente para a criação de soluções e produtos ao invés de se preocupar com infraestrutura, além de ter um ganho automático de escala caso as suas aplicações necessitem, sob o comando do provedor de serviços.

Mas como assim Computação sem servidor? Na verdade, é um equívoco dizer isso, pois os servidores sim, continuam lá, a diferença é nos papeis e responsabilidades no que tange à parte de provisionamento, gerenciamento, monitoramento e solução de problemas.

Se trata de um modelo interessante, que cada vez mais ganhará mercado, mas que não causará a extinção dos profissionais de infraestrutura especializados em Cloud, pelo contrário, esse papel está cada vez mais valorizado e procurado no mercado.

Desenvolvedores independentes e empresas pequenas que não tenham uma área de TI formal serão os principais clientes desse tipo de serviço em nuvem. Falaremos mais sobre no futuro.

Até a próxima coluna!

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.



















 

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