Uberlândia registrou 787 crimes violentos no primeiro semestre de 2024 | Foto: Agência Brasil Uberlândia registrou um aumento de 33,6% nos registros de crimes violentos no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023. Os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) indicam que 787 casos foram contabilizados entre janeiro e junho de 2024, enquanto no ano passado foram 589 ocorrências.
O maior crescimento foi observado nos casos de estupro, que aumentaram mais de 50%, passando de 15 ocorrências no primeiro semestre de 2023 para 23 no mesmo período de 2024. O estupro de vulnerável também subiu, com 52 casos neste ano, em comparação com 34 no ano anterior.
Os homicídios registraram uma alta de 24,13%, com 72 ocorrências nos primeiros seis meses de 2024, contra 58 no mesmo período de 2023. Já os roubos subiram de 473 casos para 620. Por outro lado, os casos de extorsão apresentaram uma queda, passando de 16 registros no primeiro semestre de 2023 para 13 em 2024.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, Uberlândia possui uma taxa de mortes violentas de 10,5 por 100 mil habitantes. A cidade apresenta a segunda com maior taxa no Triângulo Mineiro, ficando atrás apenas de Patos de Minas, que registra 16,4 mortes violentas por 100 mil habitantes.
Conforme o Painel de Violência do DataSus, neste ano, a cidade atendeu 184 vítimas de violência. Dessas, 73,91% eram mulheres e 26,09% homens. A maioria das vítimas tinha entre 20 e 29 anos, e os locais mais comuns para essas ocorrências foram residências (63%), vias públicas (12,5%) e bares (1,6%).
Em entrevista ao Diário, o delegado da Delegacia Adjunta de Crimes Contra a Pessoa de Uberlândia, Carlos Antônio Fernandes, explicou que o homicídio é um crime difícil de prever, muitas vezes relacionado ao uso de drogas e álcool. “A Polícia Civil está focada em realizar uma repressão qualificada, com o objetivo de garantir que os inquéritos cheguem ao poder judiciário, onde os autores sejam julgados e condenados”.
O oficial acredita que a punição rigorosa desses crimes pode ter um efeito dissuasivo na sociedade. Além disso, Fernandes comentou que a Polícia Militar tem intensificado o trabalho preventivo por meio de rondas ostensivas para coibir esses crimes violentos, além de realizar prisões em flagrante quando os crimes ocorrem.
