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24/10/2023 às 09h50min - Atualizada em 24/10/2023 às 09h50min

Policial civil suspeito de vazar informações sobre operação é preso em Uberlândia

Investigador também teria escoltado um dos suspeitos do esquema criminoso que planejava ataques contra autoridades

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Caio Oliveira Rezende Abreu teria trocado mensagens com um dos envolvidos no esquema criminoso I Foto: GAECO
O investigador da Polícia Civil Caio Oliveira Rezende Abreu foi preso em Uberlândia por suspeita de vazamento de informações sobre ‘Operação Erínias’, desencadeada em junho deste ano com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que planejava ataques contra autoridades. O policial foi detido na manhã desta terça (24) no apartamento onde mora, no Centro da cidade.
 
A ação faz parte da segunda fase da força-tarefa, realizada nesta terça pelo Ministério Público de Minas Gerais, em conjunto com a Corregedoria da Polícia Civil e a Polícia Civil de Minas Gerais. No total, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão.


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Segundo informações da Promotoria, uma força-tarefa conjunta descobriu que o policial civil, escalado para participar da primeira fase operação, trocou mensagens com um dos investigados poucas horas antes do início das ações, alertando-o sobre os mandados de busca e prisão.
 
A partir de então, a equipe de investigadores conseguiu apreender o aparelho celular do policial, que estava formatado. Contudo, em um procedimento de recuperação de mensagens, ficou evidente que ele havia vazado informações sobre a operação, prejudicando o curso das investigações.
 
Também foi descoberto que durante a primeira fase da Operação Erínias, o mesmo policial foi flagrado desempenhando o papel de escolta para um dos investigados no esquema de ameaça de atentados contra autoridades públicas, incluindo um delegado de Polícia e promotores de Justiça. Com estas provas, o juízo da 1ª Vara Criminal decretou a prisão preventiva do policial civil, afastou-o de suas funções e determinou o recolhimento de todas as armas que estavam de posse dele.
 
O resultado das investigações será encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil para a tomada das medidas disciplinares cabíveis.


 
A FORÇA-TAREFA
Durante a primeira fase da Operação Erínias, dez pessoas foram presas suspeitas de participarem do esquema criminoso. Na época, foram cumpridos outros 12 mandados de busca e apreensão.
 
A ação, que contou com o apoio da Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM) e Polícia Penal (PP), foi possível graças à apreensão de uma carta no Presídio Jacy de Assis. O documento continha um plano para executar autoridades de segurança, incluindo um promotor de Justiça, um delegado, um investigador e um agente da PP.
 
Um dos envolvidos na elaboração do plano é o influenciador Lohan Ramires, preso durante a "Operação Má Influência" em maio de 2022.



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