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04/10/2023 às 14h26min - Atualizada em 04/10/2023 às 14h26min

Empresário de Uberlândia condenado por duplo homicídio morre no interior de São Paulo

José de Jesus Rizzo foi preso em setembro deste ano e faleceu nesta terça-feira (3) após complicações de saúde

REDAÇÃO | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Rizzo atuava na área de educação e era ex-proprietário dos colégios Objetivo e Anglo | Foto: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

O empresário de Uberlândia José de Jesus Rizzo faleceu aos 71 anos, na noite desta terça-feira (3), em Itapetininga, no interior de São Paulo. Rizzo estava preso desde o 19 de setembro deste ano, em um presídio do município de Guareí (SP), após ter sido condenado a 37 anos de prisão por duplo homicídio em Indianópolis, no Triângulo Mineiro.

De acordo com informações de familiares, José de Jesus Rizzo estava internado em um hospital de Itapetininga. O estado de saúde dele era grave devido a complicações da diabetes e hipertensão arterial, o que provocou uma parada cardiorrespiratória. 

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, ao dar entrada no presídio, Rizzo comunicou ter questões de saúde e chegou a passar por atendimento médico na unidade nos dias 25, 27 e 29 de setembro. No dia 1° de outubro, o condenado passou mal e foi encaminhado para o Pronto Atendimento de Guareí e, em seguida, transferido para o Hospital de Itapetininga, onde faleceu.

Por meio das redes sociais, a filha de Rizzo informou que o velório acontecerá nesta quinta-feira (5), das 7h30 às 10h, no município de Limeira (SP).

Rizzo atuava na área de educação e era ex-proprietário dos colégios Objetivo e Anglo, com unidades em Uberlândia.

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PRISÃO
José de Jesus Rizzo foi preso no início do mês de setembro deste ano após mais de 20 anos do crime de duplo homicídio, registrado em Indianópolis, no Triângulo Mineiro. O empresário foi condenado em 2018

Em agosto de 2023, a Vara Única da Comarca de Nova Ponte, atendendo a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), decretou a prisão preventiva de Rizzo. Para cumprimento da ordem, a Promotoria de Justiça de Nova Ponte solicitou apoio ao Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar do MPMG (Caocrim), que levantou informações indicando a presença do condenado no estado de São Paulo. 

Foram então estabelecidos contatos com o Caocrim (MPSP) e com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Piracicaba/SP. Após um mês de diligências, investigações e troca de informações, policiais do Gaeco conseguiram localizar e prender José Rizzo na cidade de Limeira. 

O duplo homicídio ocorreu em 25 de março de 2002, na zona rural de Indianópolis, a cerca de 60 km de Uberlândia. As vítimas eram Marco Antônio Aquino, de 30 anos, e o cunhado dele, Wagner Monteiro, de 41. 

Marco Antônio era carpinteiro em uma das escolas de Rizzo e foi atraído até uma fazenda no município de Indianópolis, com a promessa de que lá teria emprego. Wagner era cunhado de Marco Antônio e foi morto por estar junto a ele na hora do crime. 

De acordo com a acusação, Marco Antônio era laranja de Rizzo e cobrava uma compensação trabalhista na Justiça no valor de R$ 1,1 milhão. As vítimas foram levadas até uma área de reflorestamento às margens da BR-365, onde foram mortas a tiros e tiveram os corpos queimados e enterrados em uma vala.

O julgamento do caso ocorreu apenas em 2018. José de Jesus Rizzo e outras duas pessoas, Hudson Vieira e Wônimo Carlos Moreira, foram condenados a pena de 37 anos e 4 meses, 36 anos e 8 meses e 26 anos, respectivamente, em regime fechado. Mesmo com a condenação, os três aguardaram recursos em liberdade.


*Matéria atualizada às 15h41 para acréscimo de informações.

 

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