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12/07/2018 às 09h04min - Atualizada em 12/07/2018 às 09h04min

José Rizzo é condenado a 37 anos, mas permanece em liberdade

Empresário e outros 3 réus são acusados do homicídio, em 2002, de Marco Antônio Aquino e Wagner Monteiro

Condenação foi proferida por volta de 5h dessa quinta-feira (12), no Fórum de Nova Ponte (Divulgação)
Após 20 horas de julgamento, o empresário José de Jesus Rizzo, Hudson Vieira e Wônimo Carlos Moreira foram condenados a pena de 37 anos e 4 meses, 36 anos e 8 meses e 26 anos, respectivamente, em regime fechado. Eles são acusados do duplo homicídio de Marco Antônio Real de Aquino e do cunhado dele, Wagner Monteiro, ocorrido em março de 2002, na vizinha Indianópolis, a cerca de 60 km de Uberlândia.

A condenação foi proferida por volta de 5h dessa quinta-feira (12), no Fórum de Nova Ponte, e como, ainda cabe recurso, os acusados aguardam em liberdade. As penas poderiam ser ainda maiores entre 1 a 3 anos, mas o crime de ocultação de cadáver foi prescrito recentemente.

O julgamento teve início às 9h de quarta-feira (11) e foi conduzido pelo juiz Luiz Antônio Messias. Como de praxe, sete jurados foram sorteados e assim que quatro, ou seja, a maioria, decidiram pela condenação do trio de acusados, a votação foi encerrada. “Eles foram condenados a duplo homicídio com os qualificadores. É uma pena intermediária, compatível com a condenação. Está dentro da expectativa”, disse Róbison Divino Alves, advogado de acusação.  

A partir de agora, segundo o advogado, os condenados tem 5 dias para pedir um novo júri ou a redução de pena. Como cabe o recurso, os três puderam sair do Fórum direto para casa. Atualmente, Rizzo mora em Limeira, no interior de São Paulo. A expectativa da acusação é que o próximo júri, que provavelmente deve ser pedido pela defesa, deve acontecer até em 1 ano. Até lá, os três permanecem soltos.

Ainda neste semestre, deverá haver ainda o julgamento de um coautor, Daniel Ricardo Davi Sousa, acusado de também participar do crime. Segundo a acusação, ele deu a Wônimo Carlos Moreira um Corsa e uma moto CBR 450, pela execução dos crimes, e ainda ajudou a queimar os corpos e enterrá-los.



O advogado de acusação, Róbison Alves, disse que a causa do
crime é uma dívida trabalhista (Divulgação)


Entenda o caso

Na época do crime, ocorrido em 25 de março de 2002, a vítima Marco Antônio Aquino tinha 30 anos e o cunhado dele, Wagner Monteiro, 41. Marco Antônio era carpinteiro em uma das escolas de Rizzo e foi atraído por Daniel e Wônimo, professor e contato publicitário das instituições, respectivamente, até uma fazenda no município de Indianópolis, com a promessa de que lá teria emprego.

Segundo o advogado de acusação, Róbison Alves, a causa do crime é uma dívida trabalhista cobrada por Marco Antônio Aquino a José de Jesus Rizzo, empresário na área de educação, ex-proprietários dos Colégios Objetivo e Anglo. Marco Antônio requeria na Justiça R$ 1,1 milhão como indenização por serviços prestados. “O Marco Antônio estava sendo usado como laranja, pediu o acerto, mas como não teve resposta, entrou na justiça. Ele foi encontrar com o réu, e como estava com receio, chamou o Wagner para ir com ele e acabou levando o cunhado para a morte”, disse o advogado.

Marco Antônio e Wagner Monteiro foram levados até uma área de reflorestamento às margens da BR-365, onde foram mortos a tiros e tiveram os corpos queimados e enterrados em uma vala. Além dos crimes, José Rizzo ainda ainda responde por sete condenações na Justiça Federal , por estelionato tributário.
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