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20/07/2023 às 18h23min - Atualizada em 20/07/2023 às 18h23min

Uberlândia contabiliza segunda morte por chikungunya da história

Infectologista afirma que óbitos pela doença não são comuns e podem estar associados a pacientes com comorbidades

VINÍCIUS LEMOS | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Cidade tem mais de 100 notificações da enfermidade em 2023 | Foto: Pexels
Uberlândia registrou a segunda morte por febre chikungunya da história, ambas em 2023.  De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), um terceiro óbito pela doença no município ainda está sendo investigado. De acordo com um infectologista ouvido pelo Diário, quadros que levam à morte por chikungunya, via de regra, estão associados a outras fragilidades de saúde.

Ainda segundo o boletim, ao todo, são 50 casos confirmados da doença em Uberlândia neste ano e mais 51 em investigação. O número de diagnósticos positivos em 2023 corresponde a quase metade dos 103 casos confirmados na cidade nos últimos oito anos. Os números locais seguem uma tendência nacional, já que no primeiro quadrimestre deste ano, em todo o país, registros de chikungunya tiveram um aumento de 40% quando comparados com igual período de 2022.

A primeira morte pela doença na cidade foi confirmada em maio e a segunda foi noticiada nesta semana pelo Diário. “Mortalidade por chikungunya é baixíssima. Tem que saber o contexto, normalmente são pacientes mais idosos, com alguma comorbidade, com obesidade, diabetes, problemas no fígado. Assim, as chances de complicação são grandes”, disse o infectologista Guilherme Henrique Machado.

O perfil das pessoas que perderem a vida em decorrência da doença, contudo, não foi possível de ser confirmado. A Fundação Ezequiel Dias (Funed), que é quem analisa amostras para confirmação de casos, informou que “informações sobre casos e óbitos são de responsabilidade das secretarias municipais e estadual de saúde”. 

A Prefeitura de Uberlândia esclareceu que “detalhes sobre casos divulgados em boletins estaduais devem ser solicitados junto à Secretaria de Estado de Saúde (SEE-MG), responsável pela divulgação da publicação, ou à Funed”. Por fim a SEE-MG, por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS), afirmou que “em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não é possível divulgar informações pessoais provenientes de casos registrados no Painel de Monitoramento de Casos, dessa forma a SRS não disponibiliza qualquer dado individualizado que diga respeito à privacidade dos pacientes”.


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A DOENÇA
A febre chikungunya também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A enfermidade tem sintomas parecidos com a dengue, entre eles: dor de cabeça, dor muscular, erupções na pele, vômitos, diarreias e febre alta. O principal sintoma, contudo, é a dor articular forte. “Há relatos de pessoas que mantêm essa dor por semanas e até alguns meses”, disse o médico Guilherme Henrique Machado.

O tratamento passa pela consulta médica, que vai atestar a suspeita e iniciar os cuidados, principalmente dos sintomas na fase aguda, com o uso de analgésicos e antitérmicos prescritos. É preciso hidratação a todo o tempo. Essas ações acontecem antes mesmo do diagnóstico clínico. Quando a febre desaparece, mas a dor nas articulações persiste, medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia poderão ser indicados.

MINAS GERAIS
Em todo o Estado de Minas Gerais, foram confirmados 58.348 casos de febre chikungunya em 2023 com 32 mortes no total, segundo boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Há 81.796 casos prováveis da doença, com mais 15 mortes em investigação.



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