QG do Exército, no bairro Jaraguá, foi totalmente desocupado na tarde de segunda (9) I Foto: Allana Lima/Diário de UberlândiaO Comando da Polícia Militar (PM) de Uberlândia informou, na manhã desta terça-feira (10), que reforçou o policiamento nas proximidades de prédios de instituições públicas e outros pontos estratégicos da cidade. A medida foi uma ordem direta do governador Romeu Zema (Novo), após os atos golpistas registrados em Brasília (DF) no último fim de semana.
Nesta segunda (9), no fim da tarde, a Corporação acompanhou o levantamento do acampamento em frente ao 36° Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec). Segundo informações da PM, os manifestantes deixaram o local de forma espontânea, não sendo necessário nenhum tipo de intervenção.
Em coletiva de imprensa realizada na sede da 9ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), no bairro Jardim Patrícia, o tenente-coronel Fernando Reis afirmou que a corporação vai acompanhar possíveis casos de manifestação no município, especialmente no Centro Administrativo de Uberlândia, onde estão reunidos os poderes Executivo e Legislativo.
“Nós recebemos as diretrizes da Polícia Militar a partir dos acontecimentos no Distrito Federal, e também pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Militar já direcionou policiamento para os prédios públicos e para outros pontos sensíveis e outros locais, que nesse turbilhão de questões que têm acontecido podem ser pontos de concentração”, disse.
Na madrugada de segunda (9), o ministro Alexandre de Moraes determinou a dissolução e a desocupação de acampamentos realizados nas imediações de quartéis generais e outras unidades militares que incentivam a prática de atos golpistas. Em Uberlândia, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) montaram um acampamento no QG do Exército.
De acordo com Fernando Reis, a polícia foi acionada para acompanhar a desocupação de locais de concentração de manifestantes em Uberlândia, como aconteceu na porta do 36° BIMec durante 70 dias. A produção do Diário foi até a porta do até então ponto de manifestação, mas o local já estava desocupado, conforme adiantou o coronel da PM. “Também recebemos a diretriz para acompanhar a desocupação dos locais de concentração. A Polícia acompanhou ontem, mas não precisou atuar. Os locais já foram desocupados à tarde sem a intervenção da PM”, detalhou.
ESTADO
O reforço de policiamento acontece em vários pontos de Minas Gerais. Nesta segunda, prédios como os da Prefeitura de Belo Horizonte, Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), Palácio da Artes e emissoras de TV contaram com reforço de viaturas para realizar a segurança.
De acordo com o Governo de Minas, não há registro de invasões ou atos de vandalismo no estado e a rotina da população segue dentro da normalidade. Em nota o governo afirma que “condena veementemente qualquer tipo violência, incluindo os inaceitáveis atos de vandalismo desse domingo registrados em Brasília, que atentam contra a democracia brasileira, bem como agressões a jornalistas. Já manifestações pacíficas, que não desrespeitam à Constituição e os diretos dos demais, são inerentes ao Estado Democrático, sempre na forma da lei”, diz o comunicado.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
VEJA TAMBÉM:
• STF dá 24h para dissolução de acampamentos em frente a quartéis; manifestos em QG de Uberlândia seguem há 70 dias
